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João Maria Botelho apresentou o seu livro durante a Monaco Yacht Week

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A Monaco Yacht Week 2025, reconhecida como um dos momentos internacionais mais emblemáticos do calendário de luxo e inovação, decorreu entre 24 e 27 de setembro no Principado. Durante este período, o foco reuniu investidores globais, líderes empresariais, agentes de mercados de capitais e empreendedores para debater as novas dinâmicas da competitividade, inovação e crescimento económico. Foi nesse cenário exclusivo que João Maria Botelho apresentou o seu mais recente livro sobre sustentabilidade, transformando o habitual ato editorial numa plataforma estratégica de diálogo multilateral, que projetou a sustentabilidade como vetor fundamental para a competitividade europeia e global.

A escolha do palco para o lançamento não foi fortuita. Realizado em plena Marina do Principado de Mónaco, no coração do Port Hercule, o evento decorreu num espaço emblemático onde convergem negócios, diplomacia e estratégia global. Numa sala que agregou decisores financeiros, gestores e jovens empreendedores, a apresentação da obra ganhou uma dimensão suplementar: evidenciou que a sustentabilidade, abordada de forma integrada e estratégica, já é um pilar incontornável da competitividade europeia.

Um dos momentos mais marcantes foi a intervenção de Raquel Burgoa Dias, co-autora de um capítulo do livro “Head of European and Strategic Affairs” da Generation Resonance. Especialista em direito europeu e direito da concorrência, Raquel contextualizou a obra no quadro dos principais relatórios que atualmente estão a redefinir a agenda europeia, nomeadamente os Relatórios Draghi, Niinistö e Letta. Subscrito na sua análise esteve o imperativo de transcender compromissos retóricos e avançar para a concretização de medidas estruturantes, enfatizando a simbiose indispensável entre sustentabilidade e competitividade para o fortalecimento do mercado único europeu. Particular destaque foi dado ao Relatório Draghi, considerado um marco estratégico que defende uma Europa economicamente mais integrada, com capacidade reforçada para investimentos coordenados em setores estratégicos, garantindo assim uma posição de relevo no plano global.

Com clareza, Raquel descreveu um futuro europeu em que a sustentabilidade não é apenas regulação ou uma narrativa, mas sim um motor de política industrial e fator decisivo para o crescimento económico. A sua intervenção deixou claro que a obra de João Maria Botelho se insere nesse debate e que o reforça com uma perspetiva jovem, estratégica e pragmática.

 

 

 

Uma mesa de vozes globais

O painel do evento elevou o debate com contributos de figuras de referência internacional e empresarial. Cláudia Pinto, Sustainability Advisor junto da Sheikh Marwan bin Mohammed bin Rashid Al Maktoum, ancorou a sua intervenção na Agenda 2030, reiterando o papel dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável como denominador comum entre empresas, mercados e governos. Sublinhou a relevância estratégica do livro, felicitando João Maria Botelho pela articulação inédita entre sustentabilidade e competitividade europeia. Sugeriu ainda a expansão do debate para o Golfo, ampliando a dimensão global do projeto.

Filipa Pantaleão, Secretária-Geral do BCSD, sublinhou o papel determinante do tecido empresarial português e europeu na aceleração da transição sustentável e na consolidação de práticas alinhadas com as exigências globais. Carolina Cruz, CEO da C-More, apresentou o caso de sucesso da empresa tecnológica portuguesa certificada B-Corp, que em apenas três anos ultrapassou os 100 milhões de euros de avaliação, prova de que a sustentabilidade, quando integrada na estratégia, gera crescimento real e competitivo. Já Catarina Milagre, especialista em financiamento sustentável, energia e alterações climáticas, trouxe a perspetiva técnica e destacou a urgência de um planeamento energético sólido e credível para garantir a resiliência económica da Europa e da urgência em abraçar o financiamento sustentável como ferramenta essencial para uma transição energética justa .

A conjugação destas vozes deu ao lançamento a densidade de um think tank ao vivo: uma discussão onde a sustentabilidade foi tratada como elemento transversal às políticas públicas, às estratégias empresariais e às decisões financeiras.

 

O eco no encerramento

O impacto do lançamento para além da sessão principal foi igualmente significativo. Na cerimónia de encerramento da Monaco Yacht Week, realizada no prestigiado Yacht Club de Mónaco, João Maria Botelho e Raquel Burgoa Dias reuniram-se com Théo Panizzi da Fundação Príncipe Alberto II do Mónaco. Durante o encontro, Panizzi recebeu o livro e realçou a relevância da obra no contexto das grandes transições globais, sublinhando a necessidade de que as novas gerações assumam um papel decisivo nos debates estratégicos internacionais. “On climate change, we must remember: there is only one planet. That is why the network has to be global. When we bring young people together from every corner of the world, they quickly find common goals and shared expertise. What is striking is their energy, their determination, and the clarity of their will. The next step is clear, they must sit at the table where decisions are made, and become the leaders we urgently need”.

O lançamento no Mónaco foi mais do que uma mera apresentação – representou um ato de posicionamento estratégico num dos palcos mais relevantes do calendário europeu e internacional. Reuniu empresas, jovens do tecido económico do Mónaco, especialistas e empreendedores num debate transversal sobre sustentabilidade, competitividade e o futuro económico da Europa. No centro esteve João Maria Botelho, que através do seu livro projetou uma visão de liderança jovem, jurídica e estratégica, capaz de ligar Portugal às conversas mais exigentes da cena internacional.

O momento demonstrou que a nova geração portuguesa não é apenas observadora, mas protagonista ativa na construção de projetos, na criação de sinergias e na definição de novas agendas.

Segundo João Maria Botelho, “A obra sustenta que a Europa só será relevante se migrar da retórica dos compromissos para a execução coordenada de soluções. Draghi já advertia para o imperativo de integração das agendas energética, digital e de financiamento estratégico. O livro mostra que sustentabilidade é uma equação multidimensional, envolve ambiente, indústria, regulação e finanças, e só a sua convergência garante competitividade a longo prazo.”

Raquel Burgoa Dias acrescenta: “Esta obra evidencia que a competitividade europeia se joga na capacidade de transformar diagnósticos em resultados. Sem coordenação operacional, recomendações como as de Draghi mantêm-se subaproveitadas apenas uma fração das propostas foi concretizada. O projeto europeu exige decisões audazes e sistemáticas, para que sustentabilidade signifique transformação produtiva e relevância internacional, e não mera retórica institucional.”

No contexto do Mónaco, ficou patente que o autor não se limitou à apresentação: afirmou-se como líder emergente, integrando direito, economia e sustentabilidade numa visão capaz de reposicionar Portugal no epicentro das decisões globais. Em tempos de fragmentação geopolítica e competição normativa, tal ambição sublinha a necessidade de liderança sofisticada e execução estratégica para reforçar o papel do país na ordem internacional

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