Tecnologia pioneira da indra implementada em Portugal deteta incidentes rodoviários até 80 Quilómetros em tempo real

 

  • A solução DAS/DTS combina inteligência artificial e fibra ótica para aumentar a segurança rodoviária e está implementada em Portugal, na autoestrada A28, no âmbito do projeto Europeu Transforming Transport, liderado pela Indra e eleito o melhor projeto europeu de Grandes Dados em 2019 
  • Esta tecnologia foi recentemente finalista nos UK Highways Awards 2021, na categoria Industry Product of the Year

Lisboa, 12 janeiro de 2022 – A solução DAS/DTS desenvolvida pela Indra juntamente com o seu parceiro tecnológico Aragón Photonics Labs, combina inteligência artificial e fibra ótica para aumentar a segurança rodoviária, e monitoriza com um único dispositivo entre 40 a 80 quilómetros de estrada em tempo real, permitindo detetar qualquer incidente rodoviário até 80 quilómetros de distância e acelerar a resposta ao mesmo. Esta tecnologia foi recentemente finalista nos UK Highways Awards 2021, na categoria Industry Product of the Year.

A categoria Industry Product of the Year destes prémios reconhece as organizações cujos produtos ou serviços trazem ao mercado uma abordagem de mudança de paradigma ou tecnologia que tenha tido impacto na indústria rodoviária devido à sua sustentabilidade, eficiência ou redução de custos, entre outros benefícios.

Uma das condições para ser elegível nos UK Highways Awards era que o produto tivesse sido desenvolvido e disponibilizado para utilização na indústria rodoviária nos últimos três anos. No caso da solução DAS da Indra, esta já tinha sido implementada em Portugal na autoestrada A28 (Norte Litoral), no âmbito do projeto Transforming Transport, liderado pela Indra e eleito o melhor projeto europeu de Grandes Dados em 2019.

“A nomeação da solução DAS/DTS nos prémios UK Highways é um orgulho para nós e uma forma de reconhecer o nosso trabalho neste setor, e que nos incentiva a continuar a trabalhar e a inovar para que a “mobilidade do futuro” esteja cada vez mais próxima”, refere Hélder Alves, Diretor de Transportes da Indra em Portugal.

A tecnologia DAS (Distributed Acoustic Sensing) é capaz de detetar incidentes através da vibração da fibra ótica já instalada na infraestrutura, enquanto a tecnologia DTS (Distributed Thermal Sensing) utiliza a mesma fibra ótica, mas para detetar alterações de temperatura em infraestruturas críticas de autoestradas, como podem ser os túneis, por exemplo.

Ao equipar ambos os sistemas com inteligência artificial, utilizando diferentes algoritmos e padrões, esta tecnologia é capaz de identificar um vasto conjunto de circunstâncias, com um elevado grau de precisão e no momento em que ocorrem, tais como acidentes, condução temerária, mudanças de velocidade, engarrafamentos, quedas de rochas, queda de objetos, incêndios, intrusão nas vedações (pessoas ou animais) ou paragens não autorizadas.

O resultado é uma medição precisa que permite aos operadores das autoestradas dar uma resposta melhor e mais rápida aos condutores, com uma solução sustentável que contribui para a segurança rodoviária, e pode detetar a presença de animais na estrada e analisar a deterioração da via utilizando sistemas mais amigos do ambiente. Além disso, a sua fácil adaptação ao ambiente, graças à utilização das infraestruturas existentes, reduz o impacto da implementação adicional de outros Sistemas de Transporte Inteligentes nas estradas.

A solução DTS é aplicável a outro tipo de infraestruturas de transportes e também está em funcionamento no Metro de Madrid, onde está a ser realizado um projeto-piloto para gerar um mapa térmico de toda a rede, a fim de estudar a possível utilização desta energia, bem como para facilitar a deteção de incêndios ou sobreaquecimento em zonas de risco.

 

Dispositivos que “ouvem”, “medem a temperatura” e informam em tempo real

 A tecnologia DAS, baseada na dispersão de luz visível ou eletromagnética da Rayleigh, é capaz de converter dezenas de quilómetros de fibra ótica em milhares de sensores de vibração.  Por outras palavras, torna possível “ouvir” a atividade que se produz perto do cabo sensor e localizá-la com uma precisão de alguns metros. Uma vez analisados os padrões acústicos, utilizando inteligência artificial, a DAS “compreende” e classifica os eventos, gerando diferentes tipos de alarmes.

Por sua vez, a DTS transforma dezenas de quilómetros de fibra ótica em milhares de termómetros, medindo a temperatura perto do cabo sensor com uma precisão incrível. Ao analisar os padrões térmicos, pode gerar alarmes para limiares ou gradientes anómalos, permitindo, por exemplo, que os operadores das autoestradas respondam rapidamente aos alarmes de incêndio ou alertem os condutores para pavimentos gelados quando o cabo de fibra ótica é colocado próximo da superfície do pavimento.

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