Velas em São Jorge, um paraíso no meio do atlântico

Luís Silveira, Presidente

O presidente da Câmara Municipal de Velas, Luís Virgílio Silveira, explica, em entrevista à Revista Business Portugal, porque é que a Ilha de São Jorge, situada no coração do Arquipélago, é destino obrigatório ao visitar os Açores.

 

Falar dos Açores é falar de um paraíso que todos querem visitar, especialmente quando é considerado pela European Best Destination como Coronavirus Safest Destination. Porque é que São Jorge não deve ficar de fora da rota dos turistas?

São Jorge é a Ilha mais central do Arquipélago dos Açores. Deste maravilhoso pedaço de basalto, que emergiu do mar e se fez verde, encantador nas escarpas, deslumbrante nas Fajãs, extraordinário nas suas gentes, valioso nas suas tradições e manifestações culturais, sobram costumes que importam conhecer, oferecendo a todos quantos procuram a Ilha, momentos de paz, harmonia, contacto com a natureza e descanso.

É da Ilha do Dragão que se vislumbra, em alguns pontos, as cinco Ilhas do Grupo Central. Ladeada a Sul pelas Ilhas do Pico e Faial, a Norte pela Terceira e Graciosa, é em São Jorge que se sente o verdadeiro significado de Arquipélago, podendo-se visitar, de forma rápida, as Ilhas vizinhas, através da rede de transportes marítimos, com novos e confortáveis barcos.

 

Apresente aos nossos leitores as possibilidades do que podem fazer por aqui…

Falar de São Jorge é falar duma Ilha claramente destinada à contemplação da natureza. É um local seguro, onde se podem realizar inúmeras atividades de mar e de terra, para todas as idades, desde passeios de barco e desportos náuticos, como mergulho, pesca, surf, bodyboard, stand up paddle e vela. Onde os mais destemidos podem, igualmente, realizar inúmeras atividades de aventura, desde canyoning, geoturismo, jeep tours, passeio de bicicleta/BTT ou observação de aves.

Uma das formas mais populares de conhecer as bonitas paisagens que a Ilha oferece, junto à costa ou no seu interior, é através dos diversos percursos pedestres. Esta é uma das Ilhas dos Açores mais conhecidas para a prática desta modalidade, sobretudo pelos trilhos que levam à descoberta das Fajãs, Reserva da Biosfera por classificação da UNESCO, que contemplam cenários imperdíveis, vislumbrando uma imensa variedade de espécies de fauna e flora, num constante contacto com a biodiversidade caraterística da Ilha.

Mas visitar São Jorge e as Velas, em particular, é, para além de toda a mística e beleza com que a natureza nos presenteou, conhecer um povo hospitaleiro, com uma história com mais de 500 anos onde, para além da natureza, se pode degustar boa gastronomia, um património arquitetónico ímpar, muito à base da construção de pedra de basalto, mas também de caraterística diferenciadora como a pedra de tufo, onde se podem vislumbrar edifícios de construção barroca, como é o caso dos Paços do Concelho, datado do séc. XVII, ou a Igreja de Santa Bárbara, na Freguesia das Manadas, classificada como Monumento Nacional.

 

Velas também oferece boa comida e, sendo Capital do Queijo, é impossível não falar do famoso Queijo de São Jorge DOP. O que faz dele tão apetecível e tantas vezes galardoado?

É nas verdejantes pastagens que são criadas as vacas que dão origem ao leite para aquele que é considerado o “rei” da nossa gastronomia. O Queijo de São Jorge DOP, com mais de 500 anos de história, feito à base de leite cru, característica altamente diferenciadora e que lhe dá um sabor único, é a “joia da coroa”, marca a idiossincrasia da Ilha e das suas gentes, naquele que é um produto de excelência e, continuamente, premiado nos principais certames da especialidade.

São Jorge mantém uma forte componente na gastronomia, que está patente também na devoção ao Espírito Santo, onde se destacam as tradicionais sopas e onde a carne, na sua maioria IGP (Identificação Geográfica Protegida), provem de animais que repastam nas verdejantes pastagens, mas também numa clara ligação com o mar, onde se destaca o marisco e peixe fresco, sem esquecer as Ameijoas da Caldeira da Fajã de Santo Cristo, um santuário natural e único para a sua produção, ou até mesmo através do seu solo fértil no cultivo, por exemplo, do Inhame. Não esquecendo a doçaria tradicional e única, que provém da época dos Descobrimentos, como é o caso das “Espécies de São Jorge”.

 

O Município está ainda a investir no melhoramento e reabilitação de vias e estradas. Podemos, portanto, concluir que Velas está na máxima força para receber os portugueses nas suas férias, mantendo os seus habitantes seguros e satisfeitos?

O Município de Velas tem tido uma preocupação constante em oferecer condições de segurança aos munícipes e à população em geral, mas também a quem escolhe a nossa terra para seu destino de férias. Temos investido nas mais variadas vertentes de reabilitação urbana e espaços públicos de lazer, não só nas acessibilidades. Temos tido muita preocupação com o melhoramento e embelezamento de jardins, zonas de lazer e zonas balneares, proporcionando a disponibilização de lugares seguros e com condições de se desfrutar das excelentes paisagens e temperaturas da água do mar que circunda este pedaço de terra.

Em suma, o Município tem vindo a trabalhar para fazer da nossa terra um lugar onde, cada vez mais, se gosta de estar e viver, abraçando quem nos visita, à boa medida deste povo hospitaleiro, que é o Povo Jorgense.

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