Valditaro: A arte de iluminar com criatividade

A Valditaro, situada em Miranda do Corvo, foi fundada por Mário e Teresa Guimarães, em 1988 e passou para a geração seguinte (Susana e Mário Miguel Guimarães) que trazem para a empresa uma nova forma de encarar o mercado da iluminação.

O nome surgiu devido à cidade italiana (Val di Taro), conhecida pelos seus cogumelos, elemento esse que deu forma ao primeiro logótipo da empresa criando uma analogia com os candeeiros. Porém, contam em entrevista que dessa época inicial pouco se manteve devido ao crescimento do mercado e aos passos dados em direção ao futuro.

Jovem, mulher e empreendedora
O ano de 2000 ficou marcado pela saída do fundador que decidiu dedicar-se a outros negócios deixando a filha mais velha como líder. Jovem e mulher, trouxe para a empresa um novo rumo que outrora se dedicava exclusivamente à venda a retalho. “A minha chegada à empresa veio acrescentar uma nova forma de olhar para o negócio. A reformulação da visão, missão e estrutura da empresa foram alterações profundas e árduas, mas necessárias para assegurar o futuro da Valditaro. Conduzir a empresa para novos mercados objetivando um crescimento sustentado e contínuo, foi conseguido através do conceito personalização e a crescente procura de luminárias mais premium, luxuosas e contemporâneas”, explica.
Nos últimos 19 anos, Susana Guimarães, viu muitas coisas mudarem no país, no mundo e na sociedade. “Longe vão os tempos do candeeiro como mero ponto de luz, hoje já não é assim. Na evolução da arquitetura e design, o ponto de luz é decoração, moda e envolvência para os espaços familiares e profissionais”, conta.
“A decoração faz parte do dia a dia das pessoas, a luminária deixa de ser um elemento decorativo e passa a elemento principal que reflete a harmonia e conforto. A luz ajuda a atingir o ambiente

que cada um quer no seu espaço. A lâmpada, o formato, as texturas, os materiais e o design da luminária, bem como a localização são fatores chave e importantes”, afirma. Portugal está longe de ser um exemplo, mas no estrangeiro há mais consciência da importância dada ao setor. Os clientes mudam mais frequentemente as decorações dos espaços e, com essas mudanças, apostam em luminárias mais adequadas a cada estação do ano refletindo também as suas personalidades.

30 anos a reinventar o setor
A oferta base da Valditaro manteve-se durante todos estes anos de atividade. As luminárias em cerâmica e a confeção de abajures continuam a ser os pontos mais fortes da empresa que faz uma aliança forte entre a produção industrial e a arte artesanal. Susana Guimarães explica que “o mercado está em constante evolução e tivemos de acompanhar o setor”.
Em 2009 começaram a fazer projetos, segmentando definitivamente o mercado do Contract – do Boutique Hotel às cadeias 5 estrelas, navios, áreas públicas (restaurantes, bares, etc..), e o Homedecor – onde em conjunto com a equipa de design começaram a desenvolver coleções contemporâneas e intemporais, sempre com a premissa máxima da lógica do bespoke – a personalização da luminária ao mais ínfimo detalhe. “O nosso foco, neste momento, é trabalhar com projetos. O cliente envia as suas ideias e nossa equipa estuda e analisa cada pormenor, fornecendo desenhos técnicos e renders 3D disponibilizando total confiança dos seus conceitos antes de produzir protótipos e o produto final. Nós fazemos todo o acompanhamento do pré ao pós-produção. É uma forma de testarmos os nossos limites e de nos reinventarmos”.
A produção é industrial, mas a decoração é artesanal e torna cada peça única. “É uma arte muito desafiadora. Ver o processo da construção, fazer os ajustes necessários, e, no fim ver uma peça que supera todas as nossas expectativas é um sentimento que não se explica, é gratificante, é paixão”, conta.
Ter “uma marca registada” era um dos objetivos que foi concretizado no corrente ano, apostando assim no futuro das suas coleções Homedecor. No entanto, no meio dos maiores contractors e cadeias de lojas Europeias, a Valditaro é uma das empresas mais conceituadas onde os seus clientes procuram produzir as suas próprias marcas.

Os mercados onde se inserem
É no mercado do Contract que encontraram grande parte dos seus clientes. “Porém, e com o aprimorar das nossas coleções, aliado à personalização das mesmas e em conjunto com a evolução crescente do mercado de interior design, novas alianças com importadores em escala e lojas de decoração nacionais e internacionais, tem vindo a ganhar peso”, cita.
Responsabilidade, qualidade, versatilidade, criatividade, valor justo, excelência, eficiência e fidelização são os principais pilares da empresa que todos os dias trabalha em equipa para responder da melhor forma possível aos clientes. “Uma das características que nos distingue é a nossa forma de lidar com o cliente, não só pela nossa forma de atendimento e pelo serviço de qualidade, mas também pela forma respeitosa com que tratamos todos os nossos clientes. Temos clientes de grandes encomendas e os clientes de peça única. Todos são importantes e merecedores do melhor tratamento possível”, explica.

A Valditaro são os colaboradores
“A Valditaro são os 50 colaboradores, pois a equipa não é só a administração, mas sim todos os envolvidos no produto final. O verdadeiro ativo da Valditaro são as pessoas, no dia a dia, as emoções, inquietações e formas de ser de cada um, na demanda do produto perfeito, é o mais delicado, mas gratificante”.
Aumentar a família Valditaro tem sido uma dificuldade. A falta de formação e de paixão pela arte são uma barreira para o futuro. A formação de novos elementos ou a polivalência dos colaboradores existentes para qualquer um dos cinco diferentes setores da empresa é, deveras moroso pois toda ela é doutrinada pelos mais velhos – com 30 anos de casa – transmitindo assim os valores da Valditaro.
Não só os colaboradores e clientes, também os fornecedores são parceiros da Valditaro. A empresa valoriza e fomenta o próximo relacionamento com os seus parceiros das mais diversas especialidades, desde matérias primas à logística. Estes são os seus grandes aliados para um futuro promissor.

Presença em feiras nacionais e internacionais
O processo de participar em feiras é muito importante porque, tal como explica a administradora, “quem não aparece é esquecido”. No entanto, retirar o proveito da presença em feiras é algo moroso e complicado. A inexistência de clientes imediatos é uma das barreiras, assim como a incapacidade de demonstrar o processo de fabricação. “É importante participar em feiras, mas só após vários contactos e visitas à fábrica é que, ao verem o processo de fabrico, conseguimos novos clientes. Ao verem as nossas instalações e a arte que fabricamos, ficam deslumbrados”.

A arte de iluminar o futuro
Os primeiros passos para o futuro passam pela deslocação para novas e modernizadas instalações assim como a aquisição de novos equipamentos. Mário Guimarães cita: “os ingredientes são simples, mas a luta é diária para os alcançar – escalar o negócio focado no aumento de receitas, adaptando o modelo de negócio para maximizar lucro. Assim se assegura o sucesso com sustentabilidade e com lucros potenciados, aumentando a produtividade, sistematizando processos produtivos, primando pela qualidade e o desenvolver de novos produtos com recurso a novos materiais e técnicas de produção. Este é o caminho a seguir para conquistar novos clientes e novas parcerias”.

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