“Uma instituição diversificada, atenta e com soluções à medida”

Professor Doutor Jorge Conde, Presidente

O Politécnico de Coimbra empenha-se em aportar mais valor nas parcerias que desenvolve, criando saber e riqueza. Em entrevista, o Professor Doutor Jorge Conde salienta que a instituição de ensino tem procurado ser o parceiro ideal, respondendo às solicitações colocadas, seja através da prestação de serviços, seja investigando, inovando e realizando projetos onde o seu know-how é determinante na procura de soluções. 

A aprovação do projeto “Impulsionar as Pessoas e o Território” é uma prova que o Politécnico de Coimbra tem adotado uma estratégia de completa abertura aos novos públicos e às novas necessidades do mercado?

Claramente. O Politécnico de Coimbra é hoje uma instituição aberta à região, ao País e ao Mundo. Ao longo dos últimos anos, são cada vez mais as interações com as empresas, com as instituições do sector público e social, com as autarquias e com as pessoas. A nossa estratégia passa por progressivamente darmos resposta às necessidades de todos esses interlocutores e por nos tornarmos, cada vez mais, relevantes nas soluções que é necessário encontrar para os problemas detetados.

O Politécnico de Coimbra tem seis escolas e uma imensidão de áreas científicas. É este cruzamento de saberes, a experiência e a conjugação dos mesmos, que vos dá força e vos diferencia?

Claro que o facto de sermos uma das maiores instituições de ensino superior do País e de se lecionarem áreas muito diversificadas nas nossas seis escolas nos diferencia e nos dá uma projeção que, de outra forma, não teríamos. Ao dispor de áreas que vão do agroalimentar, ao teatro, passando pelas engenharias, pelas ciências empresariais e pela saúde, pela educação, comunicação, desporto, entre outros, o Politécnico de Coimbra garante ao estudante que escolher a nossa instituição é garantia de fazer o curso que quer, com forte sentido aplicado, ligação ao mercado de trabalho e à ciência.

A principal aposta foi, desde o início, fazer diferente e afirmar a importância no sector e no território onde se insere. Uma instituição de ensino tem também um papel fulcral no desenvolvimento da região?

Um Politécnico é fundamentalmente uma instituição do território. Embora a evolução do sistema de ensino nos tenha catapultado para papéis internacionais e nacionais, para a ciência e para outras relevantes missões, a verdade é que é na ligação ao território, às suas pessoas e empresas, às suas necessidades, que um Politécnico se diferencia. O Politécnico de Coimbra, que apesar de ter apenas 40 anos, integra escolas centenárias, tem feito bem esse papel e é cada vez mais a instituição da região de Coimbra.

A instituição procura aportar mais valor nas parcerias que desenvolve, criando saber e riqueza. O Politécnico tem sido o parceiro ideal, com soluções aplicadas que resolvem problemas concretos? De que forma?

Se somos o parceiro ideal, só os outros o podem confirmar. O que podemos garantir é que fazemos por isso, tentando responder às solicitações que nos colocam, seja através da prestação de serviços, seja investigando, inovando e realizando projetos onde o nosso know-how é determinante na procura de soluções. Podemos falar de projetos na área florestal, onde temos um enorme conhecimento, ou na área da saúde, onde mostrámos na pior fase da pandemia que podiam contar connosco, seja nas ciências empresariais, onde respondemos a processos de consultadoria e auditoria, seja na engenharia, onde criamos dispositivos à medida dos problemas que nos colocam, seja na comunicação, onde das várias frentes destaco um programa semanal num dos canais generalistas de televisão, ou na educação, onde temos projetos de intervenção comunitária permanentemente no terreno. Somos de facto uma instituição diversificada, atenta e com soluções à medida.

 

Hoje temos uma equipa muito empenhada e muito centrada na ideia de criar

uma instituição coesa e focada na qualidade da formação, no desenvolvimento da investigação e na ligação ao território

 

O Politécnico de Coimbra, tal como em outras instituições de ensino, esteve a trabalhar num ensino não presencial durante um período de tempo, voltando depois ao presencial. A aprendizagem dos alunos foi adaptada sem comprometer o sucesso?

Diria que comprometer, não comprometeu. Foi, no entanto, um esforço incomensurável para professores e alunos. Obviamente que, no caso do nosso ensino que tem uma matriz muito aplicada, houve algum prejuízo para a aprendizagem, mas sem comprometer a prossecução de estudos ou a conclusão dos cursos. Não podemos, no entanto, deixar de referir que não foi, e não é, uma solução ideal. As soluções de emergência são isso mesmo, soluções temporárias e imprescindíveis no momento. O que retiramos da pandemia como aprendizagem é que sabemos e somos capazes de fazer ensino à distância, mas da avaliação que fazemos este deve ser direcionado ao público das pós-graduações e, em alguns casos, dos mestrados. Os estudantes do 1º ciclo, das licenciaturas, na sua maioria oriundos do ensino secundário com 17 anos de idade, devem continuar a estudar presencialmente.

A equipa que lidera o Politécnico de Coimbra trabalha todos os dias com grande empenho porque é sempre possível fazer mais e melhor. A mudança de mentalidades requer tempo e resiliência?

Hoje temos uma equipa muito empenhada e muito centrada na ideia de criar uma instituição coesa e focada na qualidade da formação, no desenvolvimento da investigação e na ligação ao território. O Politécnico de Coimbra, pela sua história, pela forma como foi construído, tem demorado a perceber a importância de ser isso mesmo, uma instituição coesa e onde a partilha das diversas áreas científicas se cruza na procura de melhor e mais avançado conhecimento. Podemos dizer que o trabalho que temos desenvolvido tem mudado a forma de estar da instituição e hoje são muitos os que já perceberam as vantagens de nos identificarmos como uma só instituição. Do lado de fora, a região e o País hoje conhecem e reconhecem o Politécnico de Coimbra.

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