Um município atrativo para investimento nacional e estrangeiro

Lagoa, no Algarve, concelho de praias e paisagens inesquecíveis, de gente acolhedora e empreendedora, enfrenta solidamente um ano turístico e económico atípico. Um desafio para ganhar, nas palavras do seu presidente, Luís Encarnação que acredita no esforço e na coragem dos lagoenses para que seja ultrapassada a atual situação, projetando Lagoa no futuro promissor.

 

Face ao panorama atual, poderemos afirmar que Lagoa continua a ser atrativa para o investimento?

Sem dúvida que sim. Mesmo vivendo uma realidade diferente, neste momento, Lagoa continua a manter as características que fazem deste concelho um destino de excelência. São variadíssimas as razões: uma costa magnifica, a simpatia das nossas gentes, a qualidade das nossas praias, a gastronomia e os vinhos e a qualidade dos nossos campos de golfe. Tudo está intacto, este município continua a ser bastante atrativo quer para o investimento estrangeiro quer para o investimento nacional.

 

Que benefícios trazem as obras de carácter privado para o espaço público?

O investimento privado que vá ao encontro da estratégia de desenvolvimento do município, quer do ponto de vista urbanístico, ou até enquadrado no plano de desenvolvimento económico, é de estrema importância e é sempre bem vindo. Um bom exemplo é o investimento a realizar pelo Grupo Pestana que pretende construir um novo campo de golfe, com um projeto imobiliário acoplado, no concelho onde será edificada uma estrada que vai permitir realizar o trajeto entre Lagoa e Ferragudo em cerca de cinco minutos, representando um claro beneficio para a população.

 

Que trabalho tem vindo a ser desenvolvido na requalificação urbana?

Temos investido bastante na melhoria da qualidade de vida dos nossos cidadãos, na mobilidade urbana, na requalificação do espaço público, vamos continuar o nosso trabalho no sentido de facilitar, cada vez mais, a vida dos nossos munícipes.

 

É verdade que o compromisso de criar um concelho sustentável foi recentemente assumido?

O nosso grande compromisso é com a educação. É por isso que desejamos ser uma cidade educadora, inteligente ativa e saudável. Neste ano de 2020, escolhemos o tema da sustentabilidade nas suas três vertentes, económica, social e ambiental, em linha com os 17 objetivos que criamos. Esse é o objetivo que queremos atingir para nos afirmarmos como cidade sustentável, elucidando os nossos cidadãos sobre a importância destas matérias.

 

Lagoa é o único município do país que aplicou a norma que concilia a vida profissional e pessoal? Como é que implementam este

 principio?

Já existia um trabalho prévio que estava a ser executado. Começámos em 2018, fomos depois certificados pela norma, somos, até agora, a única autarquia certificada. Renovámos, há pouco tempo, a nossa certificação. Focamos a nossa nossa atenção nos nossos colaboradores e nas suas dificuldades, tentando conciliar a suas vidas pessoais e profissionais, sempre com o objetivo de termos funcionários motivados, ajudando-nos a prestar um serviço público de qualidade. Posso dar alguns exemplos, os colaboradores que celebrem o seu aniversário podem ficar em casa com a família e, quando os filhos começam a escola, têm direito a meio dia para os acompanharem, não trabalham um dia por falecimento de um familiar, situação alargada até ao terceiro grau. Celebramos um conjunto de protocolos que beneficiam os nossos funcionários.

 

Podemos dizer que Lagoa é o local perfeito para se viver?

O nosso objetivo é tornar Lagoa num lugar onde se viva, cada vez melhor, onde se trabalhe com qualidade, é essa a nossa missão.

 

Que locais poderão ser visitados em Lagoa?

Podemos sugerir as nossas praias, os espaços naturais, como o “Sítio das Fontes”, a simplicidade das nossas gentes, a gastronomia e os vinhos, os nossos estilos de vida, a paisagem, sem construções em altura, permitindo uma certa harmonia urbanística, no fundo é um espaço natural aprazível. Exemplo da qualidade que oferecemos é a preferência pela nossa terra de cidadãos de outros países que somam 20 por cento da nossa população.

Não me posso esquecer da aposta cultural que todos os anos pomos em prática, infelizmente não a podemos implementar este ano, pelas razões conhecidas, assim como no cuidado que temos com as nossas ruas, praças e jardins, meticulosamente tratadas para o bem estar da nossa população.

 

Que novos desafios encontraram este ano com todo este cenário improvável?

Lagoa vive, essencialmente, do turismo. O nosso tecido empresarial depende direta ou indiretamente da atividade turística em 90 a 95 por cento. O grande desafio que enfrentamos neste momento é o de nos protegermos, no ponto de vista sanitário, onde tudo está a correr muito bem, e esperemos que assim continue, pois temos tido números muito baixos se compararmos com o panorama nacional ou até mundial. O que pretendemos fazer é tentarmos resgatar a vida que tínhamos anteriormente, relançarmos a economia, seguindo as regras sanitárias para, com toda a segurança darmos um passo em frente, lembrando que nesta altura do ano as nossas unidades hoteleiras tinham uma ocupação de 100 por cento e que agora estão na ordem dos 30 por cento.

Vamos seguir o nosso lema de não deixar nenhum lagoense para trás, tentando ajudar as famílias que vão estar economicamente mais fragilizadas, principalmente após os meses de verão, onde se espera que exista menos atividade económica. Quem visita Lagoa tem a preocupação de seguir a regras da DGS e esperamos que não haja qualquer tipo de problema e que as famílias que são o principal cliente com a que procura a nossa terra, tenha uma férias seguras e a qualidade que estão habituadas.

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