Tudo vai mudar! Como a Covid-19 nos afeta e que futuro se prevê para o sector arquitetura | imobiliário

Sara Afonso, CEO

Fiquei em casa desde o dia 12 de março, não é fácil gerir as emoções, o trabalho, a família e as crianças. Tenho as emoções à flor da pele.

Estive a gerir e organizar a equipa à distância, a ter conferências e reuniões através das plataformas digitais e por telefone, a fazer almoço e jantar, a acompanhar os filhos em telescola… e a SER LUNÁTICA! Só no dia 19 de junho é que desconfinei e os nossos escritórios, lentamente, estão a retomar a normalidade.

Sinto que este tempo de quarentena/isolamento social vai nos marcar para sempre.

 

A mim já marcou!

 

O mundo vai ser diferente: O mindset dos investidores vai mudar. Os negócios vão mudar. O consumo vai mudar. E vamos confiar mais profundamente nas nossas famílias e uns nos outros para nos mantermos seguros, mas distanciados.

No entanto, acredito que a economia vai recuperar rapidamente, ou não fosse eu uma exímia otimista!!!

Estamos a presenciar os bancos centrais a avançar, rapidamente, para resolver problemas nos mercados de crédito; e os governos a agir, agora, de forma mais agressiva, decretando estímulos orçamentais de uma forma rápida, influenciados pela experiência mundial adquirida durante a crise financeira global de 2008. Estas ações são, provavelmente, mais eficazes e funcionam mais rapidamente, porque não estão a combater os mesmos desafios estruturais de há uma década, estamos mais confiantes e temos a experiência do passado. E temos a certeza de que nada mudou em Portugal.

Continuamos à beira mar plantados, com praias extensas, temperaturas fantásticas, um povo acolhedor e uma cozinha de comer e chorar por mais.

A dificuldade vai ser para as empresas que já estavam endividadas.

O mundo vai ultrapassar esta crise, só pode.

A economia vai recuperar. E para os investidores, que não estão de olhos postos nos pés, mas sim no horizonte que se avizinha, haverá enormes oportunidades nos mercados atuais, como sempre houve numa crise.

 

“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.” Charles Darwin

 

As compras on-line vieram para ficar. Ir ao cinema? Sim, dentro do carro em espaço aberto. Teatro em anfiteatros ao ar livre. Os restaurantes vão ter de se adaptar, antecipando um espaço de, pelo menos, três metros quadrados por pessoa.

E será que vai voltar a haver ensino presencial??? Claro que sim, mas com 50 por cento de alunos nas aulas, o que, a meu ver, é uma mais valia.

Só nos resta mudar, levantar a cabeça e arranjar soluções.

Como afirmou Zig Ziglar, “you don’t build a business, you build people. And then people build the business” (você não constrói um negócio, você constrói pessoas. E, então, as pessoas constroem o negócio).

 

Na SOMETHING IMAGINARY ARCHITECTS e na SOMETHING PERFECT, Investimento Imobiliário, das quais sou sócia fundadora, conseguimos, em 24 horas, colocar a equipa em casa, criar normas de trabalho em teletrabalho, testar softwares e formas inovadoras de nos manter em contacto. Organizámos reuniões, mantivemo-nos próximos, entreajudámo-nos e ficámos pessoas melhores.

Melhores, porque não quisemos falhar, porque fomos dando apoio uns aos outros e não perdemos o humor.

Melhores, porque procurámos soluções.

Melhores, porque quisemos e queremos inovar.

Melhores, porque não desistimos da nossa missão: tratar o seu projeto, quer arquitetónico, quer imobiliário, com eficiência, conhecimento técnico e orientado para os resultados pretendidos.

Melhores, porque continuamos, ativamente, a responder às solicitações dos clientes, parceiros e fornecedores.

Melhores, porque nos sentimos heróis por cada dia que #ficámosemcasa e em cada dia que #saímosdecasaparafazeracontecer

 

IMPACTO NO FUTURO IMOBILIÁRIO

Neste âmbito, temos de parar e sentir:

O ar mais limpo, os canais mais translúcidos, o tempo com a família, o ter tempo, as saudades e, até, a falta do papel higiénico… tudo mudou na nossa vida, a hierarquização que tínhamos deixou de fazer sentido e o que era tão importante, agora, já não o é.

Assim, vamos ter:

– Mais preocupação com a sustentabilidade dos edifícios/empreendimentos;

– Todos vão querer sanitas inteligentes com autolavagem;

– Escritórios (negócio) mais pequenos – vai ser implementado o teletrabalho em cerca de 50 por cento dos funcionários em regime part time (suponho);

– Habitação particular com novo layout, nomeadamente inclusão de escritório; a cozinha deixa de ser kitchenette e abre lugar a espaço social e o hall de entrada voltou a ser a grande necessidade;

– Habitação particular com sistemas domótica no que respeita à tecnologia e à sofisticação dos espaços; pessoalmente, já não passo sem a minha ALEXA e o meu ROBOT que aspira tudo ao comando da minha voz;

– Jardim ou terraço passou a ser imperativo.

 

#fiqueiemcasa e #saiaparafazeraconteceremsegurança

 

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