Tiago Baleizão assume a liderança da Ciclum Farma com confiança e ambição

Tiago Baleizão, o novo General Manager da Ciclum Farma, manifestou, em entrevista à Revista Business Portugal, confiança e ambição no futuro da empresa, anunciando a manutenção do plano de expansão definido até final de 2020 e a priorização dos produtos que poderão acrescentar valor no combate à Covid-19.

 

Com vários anos de experiência na Indústria Farmacêutica, Tiago Baleizão assume agora o cargo de diretor-geral da Ciclum Farma. Como foi abraçar este novo desafio e que cunho pessoal pretende imprimir na liderança da empresa?

Tiago Baleizão, General Manager

O projeto Ciclum Farma / STADA Portugal surge no culminar de quase 20 anos de experiência em diferentes empresas e áreas de negócio em Portugal, assim como a nível internacional na Europa, Brasil, Ásia e Médio Oriente.

Neste percurso, tive oportunidade de experienciar novas metodologias e dinâmicas com as equipas com quem tive o privilégio de colaborar e aprender, com especial enfoque na evolução de modelos de negócio e no desenvolvimento das pessoas. São precisamente estas as áreas que o leadership team do Grupo STADA assume como prioritárias para Portugal, o que representa uma correspondência transversal com as valências profissionais que mais me motivam nesta fase da minha carreira.

 

Quais são os desafios ao assumir o novo cargo na Ciclum Farma numa conjuntura de convulsão social?

Iniciei as novas funções a 1 de abril, em plena fase aguda da pandemia, assistindo a um desafio inédito dos sistemas de saúde e incerteza económica à escala global. Perante este cenário, tive de rever integralmente as linhas de ação que tinha inicialmente pensado, estabelecendo como prioridade absoluta o assegurar do abastecimento do mercado, garantindo que todos os doentes teriam acesso aos tratamentos de que tanto necessitam para a salvaguarda da sua saúde.

Do ponto de vista interno, o foco centrou-se no bem-estar de todos os nossos colaboradores e das suas famílias, tendo sido priorizadas uma série de medidas que viabilizaram o teletrabalho, assim como a disponibilização de materiais e equipamento de proteção para utilização nas atividades fundamentais em regime de confinamento.

Nestes primeiros meses de atividade, todas as interações desenvolvidas com a equipa foram em modelo remoto, o que representa uma experiência surreal para quem integra uma nova empresa. Neste contexto, tornou-se ainda mais relevante a manutenção de contacto permanente e regular com toda a organização, praticando uma comunicação transparente e realista e com total abertura para adequar processos, horários e formas de trabalhar.

Aproveito a oportunidade para agradecer a todos os colaboradores da Ciclum Farma / STADA Portugal pela extraordinária capacidade de adaptação e elevada resiliência, assegurando todos os processos críticos e mantendo o foco nos nossos objetivos, em linha com a missão da nossa empresa.

 

A Ciclum Farma é uma empresa do grupo internacional STADA, presente em Portugal desde 2005. Como avalia a implementação e crescimento no mercado nacional?

A Ciclum Farma completa este ano 20 anos de existência, tendo emergido como um dos principais players do mercado dos Genéricos em Portugal, até à sua integração no Grupo STADA em 2005.

Desde então, beneficiando das sinergias com a estrutura multinacional da STADA e de toda a sua dimensão – mais de 11.000 profissionais a nível global e 125 anos de experiência e I&D farmacêutica – a Ciclum foi desenvolvendo o seu negócio, progredindo no nível de relevância e implementação no mercado português.

Em 2020, lançamos uma nova fase de expansão de grande potencial, com base no nosso plano de lançamentos que inclui já 20 novos produtos, elevando a nossa capacidade de resposta às necessidades excepcionais de cuidados de saúde que o País enfrenta atualmente.

 

Quais as principais áreas de intervenção da Ciclum/STADA? Quais os objectivos da aposta nessas áreas?

A actividade da empresa tem o seu principal enfoque no desenvolvimento e comercialização de Medicamentos Genéricos, OTCs e produtos Consumer Health Care, contando com um portfólio alargado com mais de 600 referências, incluindo marcas importantes como é o caso do Nizoral®, Hiruroid® e Elmetacin®. Este portfólio permite uma cobertura de patologias e condições clínicas muito vasta, com o potencial de melhoria da saúde de milhões de portugueses.

Recentemente, criámos também uma unidade de negócio dedicada ao mercado hospitalar, com o objetivo de disponibilizar opções terapêuticas de benefícios clínicos largamente comprovados, mas com uma optimização de custos muito significativa para o SNS. Nesta área, destaca-se o Bortezomib Stada®, uma solução injetável “pronta a usar” para o tratamento de doentes oncológicos com mieloma múltiplo e, desde o início deste ano, o Movymia® (teriparatida), o nosso primeiro medicamento biossimilar, com indicação para o tratamento da osteoporose.

 

A Ciclum/STADA tem protagonizado uma aposta particularmente forte no mercado nacional de medicamentos sem receita médica (OTC). Que novidades têm ou pretendem apresentar neste âmbito?

O segmento de OTCs tem estado, efectivamente, em fase de intensa actividade, com diversas iniciativas em desenvolvimento. No imediato, destaca-se a integração de um conjunto de marcas de relevo comercial no nosso portfólio já em junho de 2020, onde se destacam a Mebocaína®, Venoruton® e Tavegyl®.

Nesta fase particular, tentámos também identificar as necessidades que o contexto de pandemia fez emergir, e já temos em registo alguns produtos STADA que poderão representar uma opção preventiva ou terapêutica adicional no combate à Covid-19. Beneficiando da agilidade e capacidade de produção do Grupo STADA, que detém várias unidades de fabrico a nível global, podemos vir a introduzir algumas novidades adicionais no nosso mercado já nos próximos meses.

 

A estratégia do grupo STADA parece residir na expansão do seu portfólio, tendo feito várias aquisições recentemente. De que forma é que estas aquisições solidificam a presença do grupo em Portugal?

O Grupo STADA tem expandido o seu portfólio com base no seu pipeline, com vários produtos a emergirem da sua capacidade interna de R&D. Paralelamente, tem feito investimentos significativos na aquisição de produtos e empresas no setor farmacêutico, alargando a sua presença em várias geografias, em linha com a sua estratégia de expansão global.

Estas aquisições vêm reforçar o portfólio do grupo em Portugal de forma significativa, sustentando a ambição da Ciclum Farma / STADA Portugal em se assumir como parceiro de referência no mercado nacional, contribuindo para a evolução dos tratamentos e cuidados de saúde dos nossos doentes.

 

Enquanto diretor-geral, qual a sua visão estratégica para a Ciclum / STADA em Portugal? E qual a adaptação que farão apontando ao período pós-Covid-19?

Nos dias que correm, projetam-se cenários de enorme amplitude no que respeita ao impacto social e financeiro da pandemia, com enorme incerteza sobre a realidade pós-Covid-19. Na minha perspetiva, temos apenas como certo que haverá uma nova realidade, possivelmente com novos hábitos e tendências de consumo que, neste momento, será demasiado precoce tentarmos estimar em detalhe.

Neste contexto, adoptamos uma postura pragmática, mas conscientemente ambiciosa, mantendo o enfoque total no que mais conseguimos controlar ou influenciar – cumprir o plano de expansão definido até final de 2020 e priorizar os produtos que poderão acrescentar valor no combate à Covid-19.

Desde os primeiros sinais de risco de pandemia, a indústria farmacêutica tem assumido um papel de extrema importância na resposta clínica e científica à Covid-19. Para a Ciclum Farma / Grupo STADA, consideramos ser nosso dever ir mais além, atuando também ao nível da responsabilidade social junto da sociedade em geral, materializando a nossa missão de proporcionar a todas as pessoas melhor saúde e bem-estar.

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