Roboplan: “Robótica não é o futuro, é o presente”

Localizada em Aveiro, a Roboplan é a representante para Portugal da Yaskawa, a marca japonesa líder mundial no setor da robótica e conhecida pelo seu alto nível de qualidade. A Revista Business Portugal esteve presente na EMAF e entrevistou Nuno Mineiro, Diretor Geral da Roboplan, com o objetivo de conhecer a empresa de capital 100 por cento português, que comercializa os robôs industriais Yaskawa Motoman e desenvolve soluções robotizadas chave na mão, com a sua missão claramente definida: aumentar a competitividade industrial dos seus clientes através da robótica.

A Roboplan é uma empresa recente, fundada em 2012, mas foi há mais de 25 anos que se iniciou o percurso da marca Yaskawa – Divisão de Robótica, em Portugal. A experiência de toda a equipa e parceiros tem sido uma mais-valia constante para o seu progresso e valor transferido para os seus clientes. Face à especialização e eficiência que têm presentes no seu método de trabalho, sempre priorizando a qualidade, a empresa está certificada ao abrigo da norma ISO 9001: 2015.

A área da robótica é muito diversificada na sua aplicabilidade, o que torna natural a abrangência às mais diversas indústrias, com especialização no sector alimentar, automóvel, mobiliário, madeira, papel, plástico, transportes, entre muitas outras. Ao actuar nestes sectores, a Roboplan tem capacidade para fornecer os produtos de robótica da Yaskawa, desde os integradores e parceiros que criam soluções, até às máquinas e linhas mais complexas, como sistemas chave na mão “que permitem a fácil adaptação às indústrias dos nossos clientes”.

O 1º robô em Portugal – Yaskawa Motoman K6 SB

O primeiro robô Yaskawa Motoman instalado em Portugal foi um modelo K6 SB, exposto na EMAF de 1992. Depois de 26 anos da primeira presença na feira da Exponor, e após cerca de 80 mil horas de trabalho, o Motoman K6 SB regressou à EMAF para celebrar o primeiro dos mais de 1.000 robôs instalados em Portugal, até ao presente ano de 2018. Pelas palavras de Nuno Mineiro, a funcionalidade é muito idêntica aos equipamentos atuais. A diferença entre estes prende-se pela melhoria na rapidez, precisão e facilidade em programar. O nosso interlocutor acrescenta ainda que “todos os equipamentos são muito fiáveis devido à qualidade dos componentes e tecnologia japonesa que são utilizados na sua construção”.

Robôs industriais contribuem para o sucesso e competitividade da indústria portuguesa

Para além de terem um design ‘estado da arte’, os robôs têm capacidade para trabalharem mais de 70 mil horas seguidas sem avarias. Os robôs industriais são máquinas que em geral possuem seis eixos. Nuno explica que “por norma, quase todos os robôs têm seis motores, porque assim permitem o posicionamento do robô em conjunto com a orientação tridimensional de uma ferramenta. A sua forma semelhante a um braço humano leva à designação de robôs antropomórficos.

Os robôs são máquinas que, por serem muito rápidas, têm alguma perigosidade”. A solução passa por utilizar dispositivos de segurança, mas também pelos robôs colaborativos que, tal como o próprio nome indica, colaboram com as pessoas. Isto permite que a operação dos COBOTS – Collaborative Robots na indústria, em nada coloque em causa a presença e a segurança dos operadores na sua área de trabalho, mas sim colabore e permita o aumento da produtividade operacional em tarefas especializadas. “Este robô pode interagir com a pessoa. Se houver algum toque imprevisto ele detecta-o, não tem arestas, não corta, não magoa, não entala e tem sensores de força que permitem que pare a qualquer momento”, salienta o diretor geral.

A eficiência destes robôs industriais é a prova do alto nível de qualidade e rigor que tão bem caracteriza a marca Yaskawa. “A nível de características técnicas, o nosso é talvez dos mais avançados no mercado global”, afirma.

Virtual: uma realidade no mundo atual

A realidade virtual também foi apresentada na EMAF, uma solução AlmaCam implementada pela Roboplan que, para além de projectar virtualmente a célula robotizada, detectar e evitar erros com maior precisão são também os principais objetivos desta tecnologia de interface. “Simulamos tudo com o maior rigor possível, para que quando tenhamos de instalar o equipamento esteja pronto para colocar em marcha – reduzindo assim o tempo de instalação e aumente o tempo de operação”. Isto significa que, antes do próprio robô ser instalado, as eventuais melhorias e erros serão detetados no formato virtual e corrigidos no tempo certo. Assim, os riscos envolvidos no investimento são optimizados – permitindo garantir o controlo de qualidade e entrega de valor, que retornam em ganhos de produtividade para a Roboplan e os seus clientes.

A internacionalização sempre foi uma ambição desafiante para a Roboplan que, atualmente, opera em Marrocos através da Roboplan Maroc (distribuidor da Yaskawa – Divisão de Robótica) e na China com a joint venture Hunan Roboplan (soluções para o setor eólico e outros).

O futuro da Yaskawa, juntamente com o da Roboplan, passará também por uma aproximação da robótica a outros setores da sociedade não industriais (como a geriatria, atividades lúdicas, entre outros). Porém, os serviços de excelência e a satisfação dos seus clientes continuarão a ser o foco de uma empresa líder de mercado, cujo lema é “a robótica não é o futuro, é o presente”, conclui.

Consulte: www.roboplan.pt

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