Restaurante Páteo da Saudade: Cozinha com sabor a saudade

Através dos seus pratos, o Restaurante Páteo da Saudade pretende voltar atrás no tempo com a tradicional comida portuguesa. A Revista Business Portugal esteve à conversa com o proprietário, André Delgado, que revelou que a alma do negócio é recriar os pratos “que em tempos nos fizeram felizes”.

O conceito é simples: trazer para a mesa pratos e sabores que têm como ingrediente especial a saudade. Quem visita o Páteo da Saudade é, imediatamente, transportado para os típicos pátios de outros tempos, onde o “comer na rua” convidava ao convívio. Ao ambiente tipicamente português junta-se a excelência da gastronomia, que prima pelos “sabores à antiga, que nos fazem recordar a comida da casa da nossa avó”. Criado em fevereiro deste ano, o restaurante Páteo da Saudade surge da necessidade de criar algo diferente e inexistente na cidade de Peniche. “A ideia da criação veio colmatar a necessidade e a ambição de ter um restaurante com um conceito de cozinha aberta, dedicada aos sabores tradicionais portugueses. Este conceito é uma forma de expor aos nossos clientes, tudo aquilo que se passa na nossa cozinha e de que forma é que os nossos pratos são confecionados”. A confiança, que André Delgado pretende transmitir aos clientes, alia-se à proximidade e empatia com que cada um deles é recebido no espaço. “Tenho por hábito estar à porta do restaurante para receber os nossos clientes. Esta interação e cuidado são fundamentais para que se sintam bem e em casa”, afirma.

“Damos o nosso melhor a quem nos visita”
Com um crescimento notável num mercado bastante exigente, o gerente admite estar preparado. “Tenho uma cozinha preparada para um cliente rigoroso. Nós temos de estar preparados para as necessidades e exigências dos nossos clientes e temos de ter a noção de que só conseguimos existir devido a eles. É por isso que damos o nosso melhor a quem nos visita”.
Com sabores simples e capazes de ficar na memória, o Páteo da Saudade destaca-se pela qualidade e frescura dos seus ingredientes. Resultado destas combinações são os pratos que nos fazem crescer água na boca, como o famoso “Bacalhau à Saudade”, a açorda de ovas de bacalhau, a sardinha panada, a saladinha de raia maluca, ou ainda o famoso ex-líbris da casa, a “Lapa Desgraçada”, lapas da costa de Peniche à moda dos Açores. Um petisco que só se encontra no Páteo da Saudade e que é procurado por clientes assíduos, em qualquer altura do dia.
Para além de restaurante este espaço, que nos pretende reavivar a memória através dos sabores dos velhos tempos, conta também com uma cafetaria, aberta todo o dia, para quem quiser deixar a rotina de lado, aproveitando para fazer uma pequena pausa e saborear desde o café aos típicos petiscos. Uma combinação de pratos pensada especialmente naquele cliente que sabe bem o que é apreciar as peculiaridades presentes nos sabores da cozinha portuguesa. “Estamos cá para mostrar que antigamente se comia bem. A verdade é que hoje em dia esses sabores trazem-nos alguma nostalgia e saudade e por isso, pretendemos, através da nossa comida, colmatar essa saudade”, indica o proprietário.
Com a ideia de recriar o conceito dos típicos jantares na rua, ao fim de semana o restaurante conta com música ao vivo, para alegrar as noites de quem se quer divertir à mesa. “A comida, a bebida e a música são uns ótimos aliados para receber os nossos clientes”.
Com um sucesso acima do expectável através dos seus pratos, o criador do Páteo da Saudade pretende acrescentar o peculiar “alfaquique” ao seu menu. Um peixe de mar que irá combinar com a açorda da casa como forma de evidenciar as raízes de Peniche. “É importante que possamos preservar as tradições penicheiras e as possamos apresentar num belo prato”, conclui.

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