Restaurante “O Castigo”: Cozinha de qualidade e proximidade

Nesta edição da Revista Business Portugal damos-lhe a conhecer o Restaurante “O Castigo”. Sediado em Alcobaça, (re)abriu portas em 2012 pelas mãos de Micael Pedras e foi com ele que estivemos à conversa, para descobrir o segredo por detrás do sucesso do negócio que lidera.

Micael Pedras estava longe de imaginar que o seu futuro passaria pela restauração. Desde cedo ligado à área automóvel, embarcou na aventura de abrir o seu próprio restaurante, em 2012. O espaço, que já existia anteriormente, manteve a mesma designação que, apesar de pouco comum, “os clientes achavam engraçada”. Micael reconhece que a génese do negócio não foi fácil e que só “com o apoio de amigos, equipa e fornecedores, que sempre acreditaram em mim e no projeto”, foi possível levar o negócio a bom porto.

Diferenciação
“Limitei-me a fugir das tendências e do corriqueiro”, começa por confessar o entrevistado. Quando abraçou este desafio, Micael não tinha dúvidas do que pretendia para o Restaurante “O Castigo”: a autenticidade. Aos pratos regionais, que procuram recriar o “sabor da comida da avó”, juntam-se os grelhados, sobejamente apreciados, feitos a partir de carnes de qualidade reconhecida e do melhor dos bacalhaus. “A nossa casa oferece diariamente uma opção de carne e outra de peixe. Depois, temos os grelhados de porco e vitela e o bacalhau à lagareiro, que também é muito apreciado, grelhados em frente ao cliente. Apostamos num serviço transparente e de proximidade, não gostamos de cozinha camuflada”. Com uma carta de vinhos diferenciada, e que “foge do tradicional”, o Restaurante “O Castigo” aposta em vinhos da região de qualidade (re)conhecida, que transmitem o conceito do espaço. “Quando procuro um vinho, preocupo-me em oferecer algo diferente, mas com qualidade. Não trabalho com vinhos corriqueiros, trabalho com quintas mais pequenas e com vinhos que tenham menos visibilidade”.

Carnes de criação própria
Aqui, a carne é rainha e a qualidade imprescindível. A falta de produto de qualidade no mercado “obrigou” Micael a ir mais longe e a apostar num espaço dedicado à criação de animais, e que “permitisse marcar pela diferença”. Na quinta com cerca de 10 hectares, situada em Salvaterra de Magos, os animais são “criados em total liberdade. Temos porcos de raças autóctones, como o porco malhado de Alcobaça e o porco preto. Temos também galos e, mais recentemente, iniciamos o projeto para a criação de vitelos, mas, como ainda vamos conseguindo encontrar produto de qualidade no mercado, ainda está em fase de teste”. A par da criação própria, o Restaurante “O Castigo” trabalha em parceria com produtores regionais que garantem a excelência da produção local.

“Convidamos ao convívio e à partilha”
As mesas compridas que preenchem o espaço denunciam o conceito familiar que o Restaurante “O Castigo” pretende transmitir. Aqui, os elementos de decoração rústica fundem-se com o ambiente descontraído, que convida ao convívio. Micael reconhece que a equipa da casa trabalha nesse sentido: “A diferenciação faz-se com atendimento personalizado e não com ementas. Aqui, convidamos ao convívio e à partilha”. É também na equipa de colaboradores que Micael reconhece parte do sucesso do projeto que abraça. “É preciso que as pessoas que estão no projeto, sintam o projeto e eu sei que eles vestem a camisola, como se o restaurante fosse deles”.
Desafio, superação e determinação, foram palavras chave para a equipa da casa. Apesar de reconhecer a dificuldade do início do projeto, Micael reconhece que o balanço não podia ser mais positivo e assume: “Não estava à espera de ter uma evolução tão rápida”. Micael não esquece quem acompanhou o crescimento do negócio e em jeito de despedida deixa “um agradecimento a todos os que acreditaram e confiaram em mim, desde fornecedores, equipa, clientes, amigos e, em especial à pessoa responsável por cuidar da quinta”, remata.

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