Restaurante Beira Mar: No Top 5 dos restaurantes da Madeira

A Revista Business Portugal aterrou na ilha da Madeira e foi até ao restaurante Beira Mar, situado na Calheta. À conversa connosco estiveram Élvio Gomes – gerente e Fabian Abreu – chefe de cozinha, para nos falarem de uma das grandes especialidades da casa: o tão cobiçado peixe-espada.

O restaurante Beira Mar acabou de celebrar o segundo aniversário com a atual gerência, no passado dia quatro de outubro, mas já tem mais anos de história. Situado num bloco de apartamentos que pertence à família de Élvio Gomes, já passou pela mão de mais duas gerências. Assim que o contrato com a última gerência terminou, a mãe de Élvio – Maria Cidália – propôs-lhe a exploração do local, desafio que aceitou, apesar de não estar por dentro da área.
Fotógrafo de profissão, o nosso entrevistado tinha a visão do que estava certo e errado num restaurante, o que o levou a mudar por completo o conceito do espaço e o nome do local para Beira Mar. Uma das medidas iniciais passou pela alteração do horário de funcionamento, para garantir um ambiente de harmonia entre todos, passando a encerrar às 22 horas, sendo o forte da casa entre as 18 e 21 horas. O staff também recebeu sangue novo, sendo prioridade apostar em colaboradores com visões diferentes e, para acompanhar toda a mudança, houve uma imagem renovada do espaço: “Como estou no meio de dois hotéis, tive de marcar a diferença e começamos logo pelo interior, tudo do zero. Tentamos manter um ar minimalista, ser o mais simples possível”, refere o gerente.
Mas um restaurante não se faz sem boa comida e o Beira Mar, nesse campo, tem grandes trunfos. Neste local há a garantia de peixe de alta qualidade e extremamente fresco, que chega de forma rápida, devido a uma relação profissional e de proximidade que é mantida com os fornecedores. Élvio confessa ainda que outro dos segredos para que o peixe mantenha a qualidade e frescura é colocá-lo em vácuo.

“Queremos que quem venha cá tenha uma experiência”
Com a entrada do chefe Fabian Abreu, houve um aumento no brio da cozinha: “Quando atribuo uma tarefa a alguém, essa pessoa tem de ser capaz de responder por ela. Na cozinha, cada um tem de se concentrar no que está a fazer”, atira o chefe.
Uma das principais características do Beira Mar é a preocupação em garantir que, quem lá vá, não tenha apenas uma refeição, mas sim uma experiência completa: “Aqui tentamos proporcionar uma experiência gastronómica. Acho que isso é importante e, como tal, optamos por não ter televisão no restaurante”, acrescentando ainda haver cuidado com a disposição do espaço: “Optamos por não colocar muitos lugares sentados, porque quando uma pessoa vem comer, tem de se sentir à vontade, sem sentir pressão da mesa do lado e tem de ter alguma privacidade. Também optamos por colocar o teto do restaurante todo em cortiça, de maneira a cortar um pouco a sonorização, para que os clientes consigam falar de forma descontraída, sem que se faça muito eco”.
Para além da preocupação com o conforto do cliente, há também com o tempo de espera pelos pratos: “Na cozinha colocamos um relógio e, desde o momento do pedido até chegar à mesa, o serviço tem de ser feito em menos de 30 minutos. Mantendo este ritmo, os clientes mal veem o tempo passar”.

Quem vai ao Beira Mar gosta do que vê, gosta do que come e gosta do staff.
Quando a comida chega finalmente à mesa, os clientes gostam do que veem e, prova disso, é o facto de muitos deles fotografarem os pratos e colocarem nas redes sociais. Mas o grande culpado pela satisfação dos clientes é também o staff que, neste momento, é composto por sete elementos. Para Élvio, “a equipa é tudo. Isto tem de funcionar como uma família, temos de nos apoiar uns aos outros. Se a equipa estiver contente, na casa tudo funciona bem e, depois, vemos o sorriso dos clientes. Isto não pode ser só uma experiência no comer, tem de ser uma experiência completa e é isso que aqui proporcionamos e tentamos levar em frente”. Desde as entradas às sobremesas, os clientes deliciam-se com as famosas lapas, gambas panadas com molho de manga, saladas, caldeirada de peixe e marisco – uma ótima opção para o inverno – ou com um bife do lombo, com molho de pimenta, que tem um sabor suave, garante o nosso entrevistado. As sobremesas são todas feitas no restaurante e as principais estrelas vão desde o tiramisú até à mousse de maracujá, havendo ainda a preocupação de modificar a carta. Mas o número um da casa é o peixe-espada, prato que tentaram modernizar: “O que fizemos foi dividir o peixe e tentar enrolá-lo em dois pequenos círculos para o aspeto visual ser diferente”, daí o nome rolinhos de espada. Para acompanhar as belas refeições, garantem ainda uma seleção cuidada de vinhos. Um dos primeiros parceiros do Beira Mar são donos do vinho da casa, Ermelinda Freitas: “É o vinho que, sem dúvida, vendo mais”, mas são asseguradas ainda outras opções: “Para quem procura vinho da Madeira, temos o Barbusano, que também tem muita saída. Dispomos ainda de outras marcas tais como Herdade do Sobroso, Quinta da Lapa e Bacalhôa. E claro que, para fechar uma boa refeição, fica sempre bem um bom café, nos optamos por Delta Diamante.
Com capacidade para 20 pessoas na sala interior e mais 22 na esplanada, o restaurante Beira Mar espera pela sua visita quando estiver de passagem pela Calheta. De terça a domingo, entre as 11 e as 22 horas, tenha uma experiência agradável, num ambiente descontraído e acolhedor, com um atendimento personalizado garantido. Élvio Gomes deixa o convite: “Aconselho a virem cá para terem uma experiência diferente. Apesar de termos alguns pratos que existem em vários restaurantes, nós tentamos apresentá-los de outra forma, para marcar a diferença”, finaliza.

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