Real Portuguese Cuisine: Fazer da refeição uma viagem inesquecível

Lagos é, por definição histórica e geográfica, uma cidade virada para o mar. Durante séculos, pescadores retiraram dali o seu sustento e as ruas estreitas da cidade provam os anos de existência com que este município já conta. Ao descer a Rua Infante de Sagres, uma das mais típicas, antigas e comerciais de Lagos, encontramos o Real Portuguese Cuisine, um restaurante que surpreende logo à entrada. A Revista Business Portugal degustou uma refeição neste espaço e teve oportunidade de conversar com o seu mentor, João Correia.

 

Um espaço acolhedor e intimista, com música ambiente e sem televisão, para potenciar o diálogo entre os clientes – esta é a primeira impressão de quem entra no Real Portuguese Cuisine. João Correia vem imediatamente receber quem chega, simpático e disponível, para que o cliente se sinta bem recebido e fique à vontade para se sentar e conhecer as sugestões da casa. Foi isso que a equipa da Revista Business Portugal fez.

Cozinha portuguesa refinada

A carta de refeições do Real Portuguese Cuisine tem sugestões de carne e peixe, bem como opções vegetarianas. Antes disso, todavia, é fundamental provar-se uma ou várias entradas que este restaurante tem para oferecer. Optámos por camarão grelhado, uma mistura de azeite, vinagre balsâmico e alho e ainda um delicioso patê de atum, confecionado na casa.

A refeição prosseguiu com duas escolhas distintas – um filete de robalo com molho de maracujá e um atum braseado, com alcaparras, azeitonas e legumes cozidos. Se porventura for mais apreciador de carne, tem várias escolhas possíveis e tão bem confecionadas quanto os pratos de peixe – o bife à portuguesa, as bochechas de porco, ou o tornedó são apenas três das possibilidades.

Se a sua opção recair nos pratos vegetarianos, o Real Portuguese Cuisine permite-lhe escolher entre cerca de cinco pratos, dos quais destacamos a courgette recheada com legumes.

João foi recebendo os clientes, com a cortesia com que já nos brindara à chegada, e numa pequena troca de palavras, confessou que faz questão de trabalhar com produtos frescos e biológicos. ““O produto é comprado todos os dias, no mercado e a produtores locais. Sou eu que escolho o produto, toco, cheiro, compro, carrego a carrinha, descarrego e dou instruções ao meu staff de como quero tudo preparado. Somos, no total, uma equipa de cinco pessoas, sendo que o turno da manhã entra às 10h30, para começar a preparar o almoço, e o turno da noite começa a trabalhar às 17h30, para preparar o jantar. Não há nenhum produto que seja utilizado de um dia para o outro”.

No que respeita à carta de vinhos, é integralmente portuguesa, com vinhos de todas as regiões do país, incluindo do Algarve, mas com especial incidência na região do Alentejo. Apenas os espumantes e champanhes são franceses. Presentes estão também vinhos do Douro, e foi sobre um deles – o vinho branco Eskuadro e Kompassu – que recaiu a nossa escolha.

Saborear emoções e sentir os detalhes

Tudo no restaurante imaginado por João Correia tem uma razão de ser. Os detalhes existentes no espaço, desde a iluminação da sala assente em pequenos focos de luz, até à decoração das mesas, específica para cada ocasião e apropriada a cada cliente, têm como objetivo proporcionar a quem entra no Real Portuguese Cuisine uma experiência gastronómica e sensorial que dure para lá do momento da refeição.

Esta importância dada ao cliente provém da experiência profissional anterior de João Correia que, durante cerca de 25 anos, trabalhou em navios de cruzeiro. “Num barco de cruzeiro aprende-se que em primeiro lugar está o cliente, em segundo lugar está o cliente e em terceiro lugar está o cliente e está sempre até acabar a viagem, porque quem faz uma viagem dessas quer viver experiências inesquecíveis e é isso que somos treinados para lhes proporcionar. Neste restaurante, procuro apresentar exatamente a mesma filosofia – este é o meu novo ‘barco’ e quem aceita embarcar comigo tem assegurada uma experiência única, no atendimento, no ambiente e na gastronomia”.

É por isso que João Correia é um verdadeiro relações-públicas dentro do seu restaurante. Todos os clientes recebem a sua visita, antes e durante a refeição. No final, antes de o cliente sair, João Correia faz questão de cumprimentar todos os elementos da mesa, um a um, agradecer a visita e mesmo dar um cartão do espaço, para facilitar o agendamento de uma próxima visita.

Com a capacidade de sentar 24 pessoas na sala do restaurante e mais oito nas quatro mesas disponíveis na esplanada do Real Portuguese Cuisine, João conta com dois assistentes de sala, uma cozinheira e uma ajudante de cozinha, para garantir que as refeições são preparadas na hora, com a máxima qualidade, um sabor incrivelmente apurado e distinto e a certeza de que nenhum cliente espera demais para viver a experiência que espera proporcionar-lhe: “a minha equipa é pequena, mas todos eles foram treinados por mim. A dificuldade em encontrar mão-de-obra qualificada na área da restauração acabou por ser benéfica, porque me deu a oportunidade de formar os meus colaboradores à realidade deste restaurante”. Quem trabalha no Real Portuguese Cuisine explica aos clientes como são confecionadas todas as refeições, pergunta se alguém tem alergias a algum produto alimentar e está sempre atento e disponível para satisfazer qualquer necessidade do cliente. A educação, o conhecimento de bem servir e a predisposição para fazer o cliente sentir-se em casa estão sempre presentes.

Um projeto bem-sucedido

O êxito do Real Portuguese Cuisine deve-se, assim, ao trabalho conjunto de João Correia e dos seus colaboradores, bem como ao apoio incondicional de Anna que, da distante Dinamarca, incentiva e motiva a continuidade deste projeto.

Classificado em primeiro lugar pelos utilizadores do TripAdvisor que já tiveram oportunidade de visitar o espaço, este restaurante de Lagos proporciona aos seus clientes, na sua maioria estrangeiros, uma experiência gastronómica inesquecível, com sabores, cheiros e cores bem portugueses, aliada a um atendimento e ambiente dignos da realeza.

 

 

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