Prio Energy: “O futuro da mobilidade é FLEX FUEL, a energia certa para cada utilização”

Quem o afirma é Luís Miguel Martins, chief operation oficer da Prio Energy, a empresa 100 por cento portuguesa que, desde o primeiro minuto, teve na mira a mobilidade eficiente e sustentável. É por essa razão (e por outras que conhecerá ao longo desta entrevista) que esta conversa é obrigatória numa edição dedicada à mobilidade elétrica.

Foi em Aveiro que Luís Miguel Martins, COO da PRIO e Carlos Leitão Ferraz, gestor do negócio de mobilidade elétrica da PRIO, receberam a Revista Business Portugal, num espaço pensado de modo a homenagear a cidade que os acolhe e a valorizar a equipa que lá trabalha, “pois a Prio são as pessoas que a fazem e que aqui estão diariamente”.
A Prio nasce em 2006, com a construção de uma fábrica de Biodiesel em Aveiro, “atualmente o maior exportador de biodiesel Nacional”, refere o nosso interlocutor. “Somos uma empresa de retalho, que integra a cadeia de valor do OIL & GAS desde a produção de biocombustíveis, logística e venda ao cliente final, sempre da forma mais independente e ambientalmente sustentável possível”.
De referir que acima de Leiria, esta é a única fábrica Nacional, com logística independente e integrada com uma forte operação de retalho que tem como objetivo principal ser número um em serviço ao cliente final.
Contam com um total de 250 postos com a marca e produtos Prio, geridos diretamente ou através de parcerias de excelência, cerca de 50 por cento dos postos da rede PRIO são geridos por terceiros.
A Prio tem cerca de 10 por cento de quota de mercado e é já o quinto maior operador nacional. Aposta no desenvolvimento de serviço ao cliente como forma de aumentar os níveis de confiança e reconhecimento da marca. Para garantir maior foco e velocidade no desenvolvimento deste negócio, aposta na exploração direta dos principais postos da sua rede. Este posicionamento tem merecido o reconhecimento do cliente e a sua adesão à marca e reconhecimento institucional pela atribuição de vários prémios na área do TOP SERVICE, o seu principal foco.
Luís Miguel Martins refere ainda, “orgulhamo-nos de tudo o que conseguimos conquistar desde 2006 e de sustentarmos a nossa operação em processos e procedimentos que nos garantem ser o único operador Ibérico com a tripla certificação QSA (Qualidade, Segurança e Ambiente) simultaneamente para a fábrica de biodiesel, PRIO BIO, para o terminal de armazenagem de última tecnologia, PRIO SUPPLY, e para a distribuição e comercialização de combustíveis, PRIO ENERGY”.

A mobilidade elétrica
O projeto de mobilidade elétrica, PRIO.E, arrancou em 2011. Nos últimos oito anos construiram a maior rede de postos de carga nacional em espaço privado e com essa experiência estão a lançar uma rede Ibérica que será tão relevante quanto os clientes PRIO quiserem. “Não queremos ficar para trás, pelo que pretendemos desenvolver uma atividade que acreditamos ser complementar. Os clientes Prio são os mesmos, mas querem mais e novos produtos. Por isso mesmo, esta conversão e progressão estão no nosso histórico há já oito anos, nessa perspetiva somos uma prateleira de energia”.
Questionado sobre o balanço que faz deste investimento na mobilidade elétrica, Luís Miguel Martins considera pertinente apontar alguns factos. “Logo após a EDP, tivemos a primeira licença DGEG de carga para a mobilidade elétrica nacional em 2011, contamos com 182 pontos de carga, 1900MW de eletricidade vendida e mais de 6000 clientes ativos”.
O COO da Prio revela à Revista Business Portugal que nesta área, a marca está, atualmente, a projetar uma rede ibérica de 200 pontos de carga rápida, fast charge, que pretendem gerir em parceria Ibérica.
Em relação a outras formas de mobilidade, “tudo o que seja sustentável e projete formas de vida mais saudáveis, é de desenvolver. Estamos em Aveiro e aqui nunca deixaram de existir as bicicletas como forma de apoio à mobilidade local. Acreditamos que estas são soluções importantes, se a aposta for intermodal. Acreditamos que todos temos um bocadinho de vontade e responsabilidade em desenvolver estas soluções”.
Questionado sobre a tendência do uso de carros elétricos no mercado português o nosso interlocutor acredita que as metas de redução de CO2 para máximos de 95 gramas da indústria automóvel já em 2020, levam a uma inevitável promoção de venda de veículos elétricos e redução de vendas de veículos com maiores emissões. “Com o nível de produção elétrica de origem eólica e o excesso de produção de eletricidade pontual em vazio dessa forma de geração, faz com que a promoção da mobilidade elétrica seja não só necessária, como também conveniente e útil a um bom equilíbrio do sistema elétrico. Acredito que o futuro é flex fuel, cada forma de energia deve ser usada dentro da sua área de eficiência e como tal acredito também que o veículo elétrico será preponderante nas próximas décadas na mobilidade dentro das nossas cidades”.

Combustível a valor TOP
Top Low Cost é um dos marcos da Prio. Combustíveis de qualidade a preços apetecíveis. Luís Miguel Martins afirma que há duas formas possíveis de estar no mercado, a aposta da PRIO foi pela qualidade inquestionável, mas sempre económico. Seguindo essa lógica, e porque o timming era oportuno (a Prio surge em plena época de crise económica em Portugal em que o ‘duplo saving’, mais km a baixo preço, que garante, foi essencial), a aposta nos produtos low cost fez sentido desde o primeiro momento. “Sempre tivemos uma pretensão da qualidade ao melhor preço, pelo que apostamos no Top Low Cost desde o primeiro minuto”.
Mas a marca vai muito para além ‘da gasolina’. “A nossa atividade, a seguir ao diesel e gasolinas é toda a área alimentar nas lojas que gerimos. Em 2018 faturamos mais de 37 milhões de euros em loja alimentar, o que tem sido também uma forma eficaz de fidelização.

Futuro assente no trabalho já concretizado
“Olhamos para o futuro com otimismo, ‘as árvores conhecem-se pelo fruto’. A referência do que já construímos, o crescimento e os resultados atingidos são a nossa garantia do futuro”.
Aquilo que, efetivamente, a Prio fez nos últimos 11 anos explana-se num crescimento de 20 por cento ao ano e mais de 1.000 milhões de euros de receitas, exponencial para o setor, mas sempre com uma base sustentável, tanto ambiental como socialmente. O futuro depende muito da estratégia definida. “Para lá disso, acreditamos que a marca PRIO conquistou o seu próprio espaço e vive por si”, conclui.

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