Porto Capital: Especializada em imóveis de luxo

Falar de Porto Capital – Sociedade de Mediação Imobiliária é falar de Arménia Moreira da Silva, administradora e principal rosto da empresa. Exemplo de liderança e de sucesso, a empresária realiza sonhos há já quase duas décadas, num projeto que prima pelo acompanhamento e proximidade com o cliente.
R.B.: O mercado imobiliário tem sofrido várias mutações nomeadamente ao nível legislativo para clientes nacionais e estrangeiros. Do seu ponto de vista estas mudanças foram positivas para o mercado imobiliário (na sua generalidade) e para a Porto Capital?
A. Moreira: A indústria do turismo e o investimento dos estrangeiros está a puxar pelos preços, em particular nas cidades de Lisboa e Porto onde a subida dos preços está bem acima da média, assinalando em particular que 15 mil residentes não habituais foram atraídos ao país por incentivos financeiros, como os vistos gold ou benefícios fiscais do Regime de Residente Não Habitual (RRNH). De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), nos primeiros nove meses do ano, o número de habitações vendidas nestas duas cidades cresceu cerca de 20 por cento. Um número que acaba por ser confirmado pelos resultados da Porto Capital – Sociedade de Mediação Imobiliária, Lda, que adianta que, no mesmo período, “as vendas mais que duplicaram”.
R.B.: Conhecendo bem o mercado portuense e das zonas limítrofes, como descreve o estado do mercado imobiliário? Quais foram as principais alterações?
A. Moreira: O segmento premium e luxury vai continuar a liderar a preferência da reabilitação nos centros históricos, apesar de ser cada vez mais difícil encontrar matéria-prima, quer por falta de oferta, quer por preços de partida competitivos. Por isso, vai ser necessário olhar para a cidade como um todo e perceber o potencial das zonas paralelas aos eixos mais nobres, mais acessíveis a um segmento médio, médio-alto, que representam excelentes oportunidades tanto do ponto de vista do promotor, como do comprador, seja para viver, arrendar ou revender. Como resposta a esta procura, prevê-se um ciclo muito interessante neste segmento, com a aposta numa nova geração de escritórios, em linha com os restantes mercados internacionais, que se parecem cada vez menos com locais de trabalho. São novos ambientes que privilegiam o bem-estar e a interação, novas formas de trabalho e a flexibilidade, fatores que, aliados, contribuem para a maior produtividade e eficácia. Por último, mas não menos importante, o investimento imobiliário para comércio, em especial de rua, vai continuar dinâmico, localizado sobretudo em zonas onde a reabilitação tem revitalizado também as ruas, trazendo de volta os habitantes locais e os turistas ao centro das cidades.
R.B.: Sendo a Porto Capital uma intermediária dedicada à comercialização de imóveis de luxo assenta em muitas parcerias. Quem são os vossos clientes tipo?

Arménia Moreira
A. Moreira: Os formadores de opinião, ou seja,
o alvo está sincronizado com os meios de comunicação mais populares, como revistas, televisão e filmes. Pela familiaridade com os tais mídias, os formadores de opinião interessam-se pelas novidades do mercado de luxo e são mais propensos a comprar por impulso. Os vencedores, os favoráveis ou muito favoráveis economicamente, fazem investimentos como forma de recompensa pessoal a si mesmos, ou aqueles em seu círculo social mais íntimo. A procura por produtos e serviços de luxo é desencadeada por um evento pessoal ou profissional, como um aniversario ou um negócio fechado. Por fim, os apreciadores. Esses consumidores não investem em banalidade e pesquisam minuciosamente todos os aspetos do seu investimento, antes de tomar a decisão final.
R.B.: Empreendedora e com visão de futuro certamente já definiu os objetivos futuros para a Porto Capital. Partilhe alguns connosco.
A. Moreira: A PC está confiante de que a subida dos preços das casas vai, gradualmente, abrandar a médio praz”, graças aos sinais de dinamismo que o setor da construção começa a mostrar, com novos projetos imobiliários a florescer, seja de obra nova ou reabilitação. A recuperação da construção deverá adicionar oferta no mercado imobiliário, mas essa só será visível em 2019 já que muitos dos projetos ainda estão em carteira e não terão impacto imediato no mercado. Enquanto não chegam mais casas ao mercado, o preço dos imóveis deverá superar, novamente, o teto de seis por cento acima da inflação. Será o terceiro ano consecutivo em que supera esse teto. Desta forma, a dinâmica de preços – a par do aumento acentuado do número de transações e dos valores totais envolvidos – exige uma monitorização mais apertada. Isto porque”uma potencial correção teria impacto negativo na avaliação dos ativos da banca, sendo que a subida dos preços está a acontecer num contexto de quebra do stock de crédito à habitação (o saldo tem recuado, apesar do forte aumento nos novos empréstimos para a compra de casa).