Peninsulares: Pastéis com história e qualidade

Os pastéis conventuais de amêndoa do Vimeiro, na Lourinhã, são uma receita antiga e não passam despercebidos. Em 2013, Alberto Jordão Luís, com quem a revista Business esteve à conversa, agarrou na especialidade e na marca “Peninsulares” e converteu-as num negócio mais consistente.

No início, o fabrico concentrava-se exclusivamente nos pastéis de amêndoa. Mas, depois de algumas experiências e com alguma criatividade, foram adicionadas outras especialidades como os pastéis de côco. Entretanto, o pastel de chocolate e o pastel de maçã também já foram testados pela Peninsulares, mas ainda não são comercializados, tanto que ainda não têm comunicação nem imagem. “O pastel de chocolate sofre muito com variações de temperatura. Já fiz de feijão, mas não continuei porque há muita concorrência”. No início, o fabrico concentrava-se exclusivamente nos pastéis de amêndoa. Mas, depois de algumas experiências e com alguma criatividade, foram adicionadas outras especialidades como os pastéis de côco. Entretanto, o pastel de chocolate e o pastel de maçã também já foram testados pela Peninsulares, mas ainda não são comercializados, tanto que ainda não têm comunicação nem imagem. “O pastel de chocolate sofre muito com variações de temperatura. Já fiz de feijão, mas não continuei porque há muita concorrência”.
É na doçaria que atualmente se foca, mas a atividade profissional de Jordão Luís não era esta. Depois de 22 anos a trabalhar na banca, em 2012 as coisas complicaram-se. Ao ver-se desempregado, o empreendedor do Vimeiro contornou esse problema e, então, começou a comercializar os pastéis que eram ocasionalmente confecionados pela mãe. “Desde miúdo que me lembro de ter pastéis de amêndoa em casa. Muita gente ia a casa da minha mãe pedir para ela fazer uma caixa ou duas de pastéis de amêndoa, eram ainda caixas descaraterizadas”.

História dos pastéis de amêndoa

Afinal, a Peninsulares já existe há muito tempo. La Salete Jordão, prima-avó do atual proprietário, era professora e bastante religiosa. Ia frequentemente a Évora visitar umas amigas que eram freiras e acabou por comer tantos pastéis de amêndoa que lhes pediu a receita. “Em 1949, essa prima resolveu patentear a marca Peninsulares, por causa das invasões francesas que decorreram aqui no Vimeiro. Nessa época, ela fabricava alguns pastéis e a minha mãe, com 7 ou 8 anos de idade, ia para o hotel das termas vender aos turistas”. No entanto, La Salete Jordão deixou de conseguir conciliar os doces, “que eram um produto trabalhoso e exigiam tempo”, com a profissão. “Entretanto, a marca acabou por caducar em termos de registo em 1969, precisamente o ano em que nasci e essa senhora cedeu gentilmente a receita à minha mãe e a patente”.Em 2013, com uma visão ativa, Jordão Luís deu a conhecer o produto porta a porta num determinado segmento de mercado e, depois de formalizar a licença de cozinha própria e definir a comunicação e imagem da marca, começou a comercializar severamente. “Optei mais pelo mercado de Lisboa pela sua dimensão naturalmente e a resposta foi muito boa. Abordei alguns clientes importantes do ponto de vista de prestígio, que têm um padrão de qualidade associado”.

Contornar as adversidades da distribuição

Por semana, a produção varia entre 300 a 400 caixas que se destinam a pontos de revenda como El Corte Inglés e Aeroporto de Lisboa e a entrega é feita pessoalmente. “Já recebi propostas do Porto, Leiria e Algarve, mas fui sempre obrigado a recusar, porque não tenho forma de os abastecer. Existe esta dificuldade na distribuição e estamos a falar de um produto que tem uma validade de três semanas, senão perde a essência”.  Ainda não é feita venda ao público, mas as ideias estão em cima da mesa. Uma opção em análise passa pela criação de uma plataforma online em que qualquer pessoa possa comprar diretamente. “É um canal que acho interessante, porque estaria em contacto com o cliente final e permitir-me-ia trabalhar sem ter de deslocar-me”. Até lá, Jordão Luís conta com o auxílio da mãe e da irmã na confeção e juntos dão conta do recado.

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