Os requisitos de um jovem empreendedor…

O empresário Naveen Jain afirmou que “um empreendedor não é uma pessoa que lança uma empresa, mas uma pessoa que consegue de facto resolver um problema. Tem tudo a ver com execução e com atitude mental”. Provavelmente lembramo-nos dele da Web Summit de 2016 onde apresenta a “Moon Express” em Lisboa.
Há uns vinte anos atrás ninguém falava de “empreendedorismo”, em Portugal seria um conceito ainda desconhecido. Os jovens universitários não eram “trabalhados” nesse sentido. Nos dias de hoje, urge fala-se do perfil do jovem empreendedor pois reunindo uma série de requisitos terá maior sucesso no mercado de trabalho.
Bill Gates é o primeiro a afirmar que o jovem empreendedor deve ter objetivos bem definidos, claros e concisos. O trabalho deve ser desenvolvido por fases de forma a ser sujeito a monitorização. Deve trabalhar-se de forma incansável. O talento não faz por si só milagres. O jovem tem de estar pronto para enfrentar muitos obstáculos, ouvir o “não é possível” e mesmo assim não desistir. A resiliência deve ser uma das caraterísticas do jovem empreendedor. O “nunca estar satisfeito” mostra que a procura constante de estratégias e soluções será o caminho para a inovação e para o sucesso. A flexibilidade e a capacidade de adaptação também são muito relevantes pois há alturas em que é necessário reajustar o trabalho e responder a obstáculos que não foram inicialmente considerados. É importante saber resolver problemas, criar um plano, um método e encontrar soluções inovadoras.
É fundamental, nos dias de hoje, saber comunicar. Usar o pensamento crítico, não ser apático perante o que nos rodeia. Comunicar com eficácia e segurança. Comunicar de forma clara e inequívoca. Trabalhar em equipa implica ouvir ativamente, argumentar, fundamentar, ter espírito crítico, fazer cedências, obter consensos: será que o jovem é treinado para estas valências? É necessário criar empatia nas relações laborais. Ser positivo perante os desafios do quotidiano. A cooperação é fundamental nos dias de hoje. Precisamos dos outros, sempre e em qualquer circunstância. É urgente trabalhar a inteligência emocional e as relações interpessoais dos nossos jovens!
O jovem tem de dominar a tecnologia. Tem de conhecer o mercado pois só assim se pode mostrar seguro e confiante. Esta forma de estar acabará por ser contagiante face ao espaço e grupo onde interage. Quando não se sabe, procura-se a informação. Necessitamos de jovens que não fiquem satisfeitos com o desconhecimento.
O jovem tem de ser ativo, tem de estar atento, ser autónomo, dinâmico, tem de inovar, tem de ser criativo. Não pode “fazer mais do mesmo” pois de outra forma não se irá evidenciar face aos demais. O jovem tem de saber rodear-se das pessoas certas. Quem são? São as pessoas que complementam as suas capacidades, que o apoiam na busca de soluções, que conhecem instrumentos eficazes e coerentes.
Há uns anos atrás o conhecimento científico era suficiente, hoje não. É importante dominarmos o saber (pesquisar, ler, conhecer outras formas de trabalhar) mas a forma como atuamos no nosso local de trabalho, é muito relevante. Um informático até pode dominar o software ou hardware mas como resolver o caso de uma colega que vive frustada no seu local de trabalho? Isso não se ensina na universidade nem no politécnico.
Perante tudo o que foi exposto, constata-se de imediato que um empreendedor tem de estar sujeito a um crescimento contínuo, dominar o conhecimento, tem de se ajustar, não ter receio dos obstáculos, encontrar diversas soluções e ser muito dinâmico e criativo.

 

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