“O MAIS FORTE CORAÇÃO DO PAÍS”

O Instituto do Coração é a referência em Portugal no que ao coração diz respeito. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Xavier Villar, presidente da direção, que nos explicou quais as premissas pelas quais se rege a instituição: desde a excelência do corpo clínico, à qualidade humana e técnica dos serviços que disponibilizam.

“O seu coração é a nossa vocação desde 1988”. Qual é o papel do Instituto do Coração?
O Instituto do Coração é uma das mais prestigiadas unidades de cardiologia do país, fundada há mais de 30 anos por três prestigiados médicos cardiologistas: o Prof. Dr. Manuel Machado Macedo, Prof. Dr. Ricardo Seabra Gomes e o Prof. Dr. João Queiroz e Melo. Sempre nos distinguimos pelo conjunto de médicos de excelência, que foram essenciais para que esta clínica se tornasse uma referência. Os nossos utentes vêm de todo o país, não só pelo nosso corpo clínico, mas pela marca Instituto do Coração – que assume um posicionamento premium no mercado –, habituando-os à qualidade extrema. Atualmente, para além do diagnóstico, o nosso corpo clínico dedica-se à prevenção, recuperação e reabilitação cardíaca.

A cardiologia é a vossa área central que, por sua vez, se divide em subespecialidades. É nesse sentido que pretendem continuar a vossa atuação?
A cardiologia é o core business do Instituto do Coração. O nosso objetivo é manter a marca fortíssima que assumimos até então – “o mais forte coração do país”, bem como ir renovando o nosso corpo clínico, com novos médicos de referência, não descurando os que já trabalham connosco.
“Small is Beautiful” é a ideia que queremos transmitir. Vir aqui não é o mesmo que ir a um hospital público ou privado, que estão sempre cheios; os nossos utentes sentem-se em casa, pelo espaço acolhedor e pela nossa cultura de tratamento – próxima e personalizada –.
Destaco ainda a qualidade da nossa área de medicina nuclear, onde temos uma equipa de topo. Focamo-nos na cintigrafia de miocárdio desde a nossa génese, como tal, distinguimo-nos nessa área. Nesse sentido, várias unidades hospitalares nos enviam os seus doentes, para que sejam seguidos com o rigor do Instituto. Neste tipo de exames o relatório clínico é muito relevante e muito valorizado, acrescentando valor ao disgnóstico.

Dedicam-se ainda a outras especialidades, para além da cardiologia?
Sim, mas não queremos assumir o estatuto de policlínica. Tal como no início do Instituto do Coração, não temos só a área da cardiologia – embora seja a nossa vocação –, dedicamo-nos a outras áreas, que foram surgindo pela necessidade do doente. Note-se que, muitas vezes, uma patologia não está apenas relacionada com a área cardíaca, daí a necessidade de termos uma equipa multidisciplinar, com neurologista, gastrenterologista, mais recentemente com nutricionista, entre outras. Todas estas áreas terapêuticas vêm acrescentar valor à cardiologia e não se devem dissociar, porque o utente pode ter um problema que necessite de tratamento em vários domínios.

Este ano vão lançar um serviço de telemonitorização que permitirá que qualquer paciente se sinta acompanhado e em segurança. Como funciona e quais são as vantagens desta APP?
A aplicação chama-se “O meu coração”. Já temos o projeto piloto e estamos em fase final de preparação. Trata-se de um serviço direcionado para patologias específicas, que se inicia com uma consulta presencial para diagnóstico, com a realização de exames clínicos (por norma, um ecocardiograma e/ou uma prova de esforço) que permitirá aferir a condição física e o estado de saúde, despistando a existência de problemas como a hipertensão ou a diabetes, entre outros. De acordo com estas informações, é definido o conjunto de parâmetros que são introduzidos, ou descarregados na APP por conexão direta com os dispositivos de utilização pessoal, relevantes para monitorização e que serão interpretados pelo médico, funcionando de forma eficaz em contextos de alerta. Esta tecnologia procura dar ao paciente um papel ativo na “gestão” da sua saúde e no seu processo de recuperação. O utente poderá ainda esclarecer dúvidas junto do seu médico de forma “segura e legalizada”, através do agendamento de uma teleconsulta, que poderá ser realizada com recurso ao smartphone de forma prática e cómoda, sem sair de casa. Os meios digitais já são utilizados de forma massificada, como facilitadores e aceleradores de processos, criando oportunidades para empresas e consumidores em todos os setores de atividade.
Na saúde ainda há um longo caminho a percorrer e o Instituto do Coração quer ter um papel ativo e inovador, aproveitando os meios que já estão disponíveis em casa dos consumidores para melhorar os cuidados de saúde de forma segura, mais acessível e cómoda.
Iremos também “entrar” em casa dos nossos utentes disponibilizando um conjunto alargado de serviços, como resposta a situações de urgência.

Estão sempre a tentar inovar expandindo a vossa oferta de serviços. Descreva-nos a nova parceria com o Ginásio Clube Português.
O Instituto do Coração dispõe de infraestruturas próprias que irá utilizar em parceria com o Ginásio Clube Português para desenvolver programas de reabilitação cardíaca, gestão e controlo de peso e gestão de fatores de risco, com acompanhamento de equipa clínica multidisciplinar. É adequado após qualquer tipo de cirurgia cardíaca, quando é recomendada a atividade física regular. Dirige-se também a pessoas com fatores de risco cardiovasculares – hipertensos, obesos, diabéticos, entre outros. O objetivo é tornar a prática de exercício mais segura, com um acompanhamento técnico constante.

Assumir uma atitude preventiva é o primeiro passo para uma vida saudável. De acordo com o panorama português, sente que as pessoas estão mais alerta para este fator?
Sim, é notório que as pessoas vêm mais cedo à procura de um médico. Utentes entre os 40 e os 50 anos não nos procuravam de forma regular, mas agora começam a ter um cuidado acrescido. Nessa idade as pessoas têm mais trabalho, mais responsabilidade e, por consequência, um nível de stress mais elevado.  A acrescer a esse fator, com a quantidade da informação que recebem diariamente, nomeadamente dos canais de comunicação online, estão mais alerta para a questão da prevenção.
Com a evolução de novas terapias e medicamentos, a esperança média de vida aumentou, o que faz com que as pessoas vivam mais anos, desta feita, é premente que o façam de uma forma saudável e feliz, daí a necessidade da prevenção.

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