Magos Irrigation Systems: Regar e fertilizar para bem colher

António Gastão e Miguel Empis, administradores

 

Fruto da fusão de empresas do setor da rega, a Magos Irrigation Systems surge oficialmente em 2012, mas a experiência e know-how da equipa já conta com mais de trinta anos. Especialistas em projetar e instalar sistemas de rega em todo o país, tornaram-se uma referência nacional, satisfazendo as exigências dos agricultores mais informados, contrabalançando com soluções à medida de um clima cada vez mais volátil e caprichoso.

Entrevista a Miguel Empis e António Gastão, administradores da Magos Irrigation Systems.

 

Não é possível cultivar e plantar sem regar, mas as alterações climáticas exigem que a população poupe água. Perante este paradigma, quais as soluções que Magos Irrigation Systems apresenta?

Dedicamo-nos exclusivamente à rega agrícola, preferencialmente na área da gota a gota, e diretamente com o agricultor, sem intermediários. Atualmente, trabalhar com rega gota a gota é sinónimo de saber trabalhar com os diversos sistemas de filtragem existentes, porque a água tem de estar filtrada para passar pelos emissores sem os entupir e sem reter os nutrientes dos fertilizantes que passam por este sistema. O foco do nosso negócio centra-se, como referi, no baixo volume [de água usada], exatamente por sabermos que é um recurso precioso. Foi com este sistema que a empresa foi criada, cresceu e é aí que nos segmentamos, embora isto não signifique que não trabalhamos com outros sistemas, mas mais de 90 por cento do volume de negócios corresponde ao gota a gota. A rega por aspersão e por pivot são duas soluções que apresentamos, porém o consumo de água é muito superior.

 

O sistema gota a gota será o mais aconselhável para preservar o ambiente? Quais as vantagens que este sistema oferece?

A rega gota a gota é muito vantajosa, desde logo pelo racionamento da água. A água e os fertilizantes são aplicados nos pontos previamente definidos (nos locais onde são efetivamente necessários), o que se reflete numa utilização racionada, bem localizada e com uma elevada taxa de sucesso. Em comparação com a rega por aspersão, através de um canhão ou pivot, esse racionamento e eficiência já não é tão visível. São métodos menos eficientes porque rega a cultura e adjacentes que, na maioria das vezes, não necessitam de água e/ou fertilizantes. Nos dias de hoje não faz sentido investir numa plantação de hortícolas, frutícolas ou de vinha sem utilizar o sistema de gota a gota, sendo que este também é um dos veículos mais importantes para a aplicação de fertilizantes.

 

O agricultor de hoje já não se compara ao de outros tempos. Inovou na metodologia e usa técnicas eficientes e sustentáveis. Esta descrição corresponde aos seus clientes? O que os caracteriza?

Somos parceiros comerciais dos três maiores fabricantes mundiais de materiais de rega justamente para satisfazer as escolhas e preferências dos nossos clientes. O agricultor nacional carateriza-se por ser um profissional maduro nas escolhas que faz quanto às plantações em que investe e quanto à escolha do material que quer utilizar. Conhece o mundo da rega, dos viveiros, dos fertilizantes e escolhe os materiais pelas marcas que lhe inspiram mais confiança ou por recomendações de amigos que as utilizam. Há trinta anos, quando iniciei esta atividade, tinha muito impacto quando trazia novidades para o mercado, atualmente isso não acontece. O agricultor atual é formado, está informado e procura, pela sua iniciativa, o material que responde às caraterísticas que necessita, quer pela marca, quer pela especificidade.

 

Em 2017, a Magos instalou e projetou mais de 20 mil hectares de sistemas de profissional. Quais são as projeções para este ano?

No ano de 2017 tivemos ação de norte a sul do país. Temos quatro polos de influência: a zona do norte, nomeadamente no Douro Vinhateiro, onde esperamos ultrapassar um milhão de euros de faturação, em implantação de sistemas de rega; o Ribatejo, que se carateriza pelas culturas sazonais, nomeadamente nos sistemas de rega para tomate; a zona de Odemira também solicita muito os nossos serviços e a zona de Beja, nomeadamente por influência da barragem do Alqueva, que veio revolucionar a agricultura nessa zona. Como podemos constatar 2018 apresentou uma primavera atípica, com muita chuva, e o outono também se avizinha muito chuvoso, o que inviabiliza a instalação de sistemas de rega. Durante o verão tivemos muito trabalho porque o tempo estava seco e só nessa altura é que podemos trabalhar com as máquinas nesses terrenos, ao contrário do que acontece quando chove. Foi um ano duro, com muito trabalho e exigente para a nossa equipa.

 

Equipa essa que está sempre à altura dos desafios que lhe são apresentados…

Apesar de a Magos Irrigation Systems surgir em 2012, é composta por uma equipa de profissionais com mais de trinta anos de experiência neste setor. A nossa equipa é muito versátil, profissional e experiente porque muitos são oriundos de outras empresas deste setor. As equipas de montagem, de engenharia, pós venda, e as outras áreas, são compostas por pessoas que têm orgulho no trabalho que desenvolvem, fazem-no com gosto e profissionalismo. Este é o espírito que se vive dentro da empresa, somos cerca de 80 pessoas e todas bebem desta forma de trabalhar.

 

Qual é o segredo do sucesso da Magos Irrigation Systems?

A proximidade com os clientes é um dos trunfos para o sucesso. Marcamos presença em Salvaterra de Magos, onde está a sede, em Mirandela e Beja com filiais. Para além disso, temos um carro-oficina na zona do Algarve.Quando há um investimento avultado no sistema de rega, para a cultura prosperar e gerar os lucros esperados, o investidor quer ser acompanhado por uma empresa de confiança, que o acompanhe desde o início e que lhe preste um excelente serviço pós venda. A forma como estamos organizados permite-nos garantir este serviço, com a rapidez – em cerca de três horas estamos num dos nossos cliente – e eficiência esperadas neste tipo de situação.

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