Fargal: 25 anos de crescimento e inovação

Com 25 anos de existência, celebrados no dia 24 de março, a Fargal é uma empresa de distribuição e comércio de produtos para a indústria alimentar, mais particularmente pastelaria e padaria, que conta uma história de sucesso. O atual administrador, João Cavaco, conta à Revista Business Portugal como surge a empresa, quais as principais preocupações do setor e aproveita para valorizar as parcerias que marcam a história da Fargal.

A empresa foi fundada em 1994 como sendo uma “empresa de comércio e distribuição de produtos alimentares”, com o intuito de satisfazer o mercado algarvio e do baixo Alentejo na área da panificação e pastelaria. A experiência na área já vinha da vida profissional do seu fundador Anibal Cavaco, pai do entrevistado. A oportunidade de abrir a empresa surge após o encerramento do pólo onde trabalhava e assim, com uma carteira de clientes bem composta, começa a aventura.
O início foi feito devagar, mas com o tempo a empresa foi evoluindo e foi-se adaptando às necessidades. “Primeiro começou apenas com farinhas, mas com o tempo foi alargando a carteira de produtos consoante as necessidades dos clientes. Agora temos quatro fornecedores principais e temos ainda mais uma dúzia de fornecedores mais pequenos que nos garantem cerca de 500 artigos em stock”, explica.

Os fornecedores como grandes aliados
Master Martini e Martini Gelato, AB Mauri e o Grupo Ceres, a são os quatro principais fornecedores que a empresa se orgulha de representar e aos quais está ligado cerca de 90 por cento do volume de faturação.
Em 2019 a empresa vai iniciar um novo projeto e a aposta recaiu sobre o setor dos gelados. “Já fizemos algumas demonstrações dos produtos e correram tão bem que já conseguimos vender este novo produto aos clientes”. O projeto consiste em apresentar produtos para a confeção de gelados, como sejam as bases enzimáticas, as pastas de fruta, as pastas tradicionais de avelã, pistácio e as Brunellas, uma novidade que tem sido muito apreciada por quem prova: “temos tudo o que é matéria-prima para confecionar um gelado, mas também consumíveis, como copos e colheres e inclusivamente maquinaria. Associados aos parceiros da Martini Gelato temos uma gama completa de maquinaria para gelataria”.

Os clientes como parceiros
É nas padarias, pastelarias e pizzarias que estão os maiores clientes sendo que a farinha é, ainda, o produto com maior expressão. Só de acordo com uma análise dos clientes e com um estudo dos produtos consumidos é que conseguem satisfazer as suas necessidades: “embora o pão tipo alentejano ainda tenha uma grande expressão regional, existe de hoje em dia uma tendência crescente para produtos diferentes, tal como pães com mais fibras ou sementes, pão de centeio, etc, sobretudo nas faixas etárias mais jovens e nas zonas mais urbanas”.
Uma das adaptações ao mercado passou pelo setor da moagem, que deixou de produzir apenas farinhas e começou a apostar nos compostos especializados para cada tipo de pão, o que permite diversidade e maior oferta de produtos. A partir de 2007, com a entrada de João Cavaco para a empresa, a Fargal alargou a sua gama de produtos disponíveis, reduzindo significativamente o peso da farinha: “Começámos a vender toda a matéria prima que uma padaria ou pastelaria necessita, desde os fermentos, melhorantes, frutos secos, até embalagens para a comida. Temos disponível inclusivamente uma gama de produtos de alta qualidade Master Martini, que vão desde as margarinas, às natas, produtos para chocolataria, culinária, etc.
João Cavaco reconhece que o mercado está em constante mudança, mas a base de trabalho da empresa são os clientes fiéis. “Estamos cá para servir cada vez melhor o cliente. Passamos a imagem de confiança, estabilidade, pontualidade nas entregas e uma gestão de proximidade. Felizmente, há clientes que valorizam o nosso empenho. Tenho muito orgulho naquilo que o meu pai fez e eu continuo a fazer, e no leque de clientes extraordinários que temos, que nos permite crescer no verão e no inverno”.

As barreiras que se impõem
Uma das dificuldades que o setor tem encontrado é a maior facilidade com que, hoje em dia, as fábricas conseguem satisfazer os clientes de forma direta, sem ter de recorrer a um intermediário. No entanto,a existência de um revendedor é inevitável, porque a comunicação será sempre mais fácil, dada a proximidade com os clientes. “O contacto dos clientes com as fábricas é muito impessoal e não há espaço para pequenas reclamações, enquanto com o revendedor esse espaço existe, porque a relação é boa, existe confiança e a resposta vem, normalmente, de uma forma mais rápida e ágil”.
A sazonalidade, tão característica do Algarve é, só por si, também um problema: “temos seis meses de trabalho médios/bons, tirando o mês de agosto em que a faturação quase duplica. Depois existe ainda a questão dos recursos humanos – a Fargal tem a política de manutenção dos seus postos de trabalho , o que permite manter a relação quase familiar com o cliente durante todo o ano. Neste momento, temos uma equipa de 11 colaboradores, e alguns já estão na empresa há muitos anos”.

O balanço das bodas de prata
“Estamos no bom caminho. Nós queremos continuar a trabalhar com parceiros de confiança e com quem mantemos uma boa relação -fornecedores serenos, clientes serenos, parceiros a montante e a jusante, neste negócio exigente. Os 25 anos, são um marco importante e vejo um futuro auspicioso para a empresa”.

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