Esfera Móvel: “Um cliente, um amigo”

A Esfera Móvel, empresa de venda de mobiliário de cozinhas por medida, tem uma grande proximidade com os clientes. José Pais, o dono da empresa, com quem a Revista Business Portugal esteve à conversa, trata os clientes como amigos e refere que, por causa do passa-palavra, o negócio fica mais fácil.

Como começou o projeto da Esfera Móvel?
Este projeto começou há cinco anos. Eu já estava um pouco cansado de trabalhar por conta de outrem e decidi trabalhar por conta própria. No início não imaginava o que vinha pela frente, mas devagarinho, a empresa tem subido um degrau de cada vez e vai andando com boa reputação, que é o que interessa. Eu sempre fiz isto, há mais de 20 anos que estou ligado à área, aliás, vendia cozinhas na calçada, no banco do jardim, na pastelaria, na mercearia, em qualquer sítio, por isso é que se chama Esfera Móvel.

Em que consiste o trabalho da Esfera Móvel?
Tenho a vertente móvel, de mobiliário feito por encomenda, na sua grande maioria, cozinhas e tenho a loja que vende mobiliário e decoração que eu compro a outros fabricantes. As cozinhas, que são a vertente principal do meu negócio, são feitas por medida e com a satisfação por parte das pessoas, é isso que me orgulha. O meu lema nas faturas é “um cliente, um amigo”. É bom satisfazer, progredir e ganhar a confiança das pessoas, a amizade. Hoje posso dizer que os meus amigos são os meus clientes.

Como é que tem evoluído este negócio?
É o passa-palavra que continua a funcionar, é muito fácil. Quando fazemos um bom trabalho, temos um cliente, esse acaba por dizer a mais um ou dois amigos, assim já temos três clientes, de cada um desses, mais dois, e por aí fora. Os clientes são cada vez mais exigentes, mas eu acho que fazem bem em sê-lo, infelizmente, há muita gente a trapacear nos negócios, mas quando somos bem recomendados, as pessoas confiam no nosso trabalho. Eu acho que os clientes precisam da nossa opinião e se a gente lhe der uma opinião firme, tanto um cliente de 60 como um de 30 anos aceita, tudo, tal como disse, por causa do passa-palavra que nos traz crédito.

Quantas pessoas trabalham consigo?
Na loja tenho uma funcionária e uma estagiária. No terreno, trabalho sozinho. Gostava de ter colaboradores, mas não está fácil. Gostava de encontrar alguém parecido comigo, com gosto pelo que faz, mas, nestes tempos, é muito difícil, não se encontra. Para colmatar o facto de trabalhar sozinho, tenho parcerias com empresas externas, mas acabo por ser eu a fazer a angariação do cliente, a elaboração do projeto 3D, a venda, a retificação das medidas, a colocação das medidas no projeto. Eles quando vêm já está tudo feito. Já para não dizer que acompanho a obra, sou o primeiro a entrar e o último a sair.

Onde atua a Esfera Móvel?
Eu já fui desde Póvoa de Lanhoso, Bragança até ao Algarve. É um negócio onde há uma grande retoma, eu nunca vi crise nos móveis.

Não sentiu crise? Nem com a chegada das grandes superfícies?
Não, vieram ajudar, porque as grandes superfícies são fáceis para determinados pormenores. Agora para cozinhas? Para cozinhas, não. Se se pagar a montagem, que é importantíssima, ela fica mais cara do que as minhas. Se não pagar a montagem, o cliente vai desenrascar, mas nunca vai ficar bem porque ele não a vai saber montar.

Quais os objetivos para o futuro?
Eu acho que não vale a pena grandes objetivos. Se fosse mais novo, ainda podia pensar noutras coisas, mais planos, mas agora é pagar as contas e ser sustentável.

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