Despertar as suas potencialidades

Nelma Fernandes apercebeu-se de que para qualquer empresa evoluir e prosperar é fundamental trabalhar o capital humano. A arte do coaching consiste em descobrir e explorar as potencialidades inaproveitadas de cada um, dentro e fora do local de trabalho, para que possa ser um trabalhor mais eficiente e, acima de tudo, um ser humano realizado e feliz. Assim, fundou a Win Coach Academy e muitos talentos têm-se despertado desde então.

 

Para que possamos contextualizar os nossos leitores, começo por questioná-la sobre a criação da Win Coach Academy. Como surge a mesma?

É curioso esta questão. Basicamente, surge por necessidade. Na Win Coach trabalhamos potencialidade, desenvolvimento e expansão de empresas e igualmente das pessoas que nelas trabalham. Venho da área financeira e gestão de empresas. Ao longo do meu percurso profissional compreendi claramente que para gerir pessoas é fundamental conhecer e entender o perfil comportamental das mesmas. Fui, então, especializar-me e aprofundar os conhecimentos nos perfis comportamentais: Master trainer em coaching; PNL programação neuro linguística; Experiência Somática, uma abordagem revolucionária, baseada na neurociência, para ajudar a superar e curar os seus sintomas do SPT, o stress crónico e outros sintomas relacionados ao trauma; DiSC; Bodynamic International, baseada na Psicoterapia e análise somática que estuda estruturas de carácter, modelos de comunicação, formação de fronteiras, etc.

Qualquer empresa que tem o objetivo de crescer tem, obrigatoriamente, que investir nas pessoas, investir nos seus quadros a todos os níveis.

É igualmente curioso, a forma como olhamos para as empresas e organizações. Um olhar praticamente sem rosto, quando se tratam de empresas com grande volume de faturação como a Walmart, Google, Apple, EDP, Galp, entre outras, são tão gigantescas que nos esquecemos de um pormenor extremamente importante: a base de todas elas, quer sejam pequenas, médias ou grandes, são as pessoas. Um conjunto de pessoas que trabalham arduamente as suas potencialidades para obter excelentes resultados.

Respondendo à sua questão, foi dessa forma. Percebermos que para qualquer empresa evoluir e prosperar um dos aspetos fundamentais é trabalhar o capital humano. Transformar o RH em humanos com recursos.

Como tem corrido esta aposta?

Muitíssimo bem. A Win Coach tem duas vertentes de negócio, algo inovador no mercado, que se complementam na perfeição: Expansão Empresarial e Formação.

Focamos os nossos objetivos numa solução e perspetiva ‘win-win’. O nosso sucesso é, em primeiro lugar, a satisfação dos nossos parceiros e companheiros de negócios.

Na vertente empresarial, trabalhamos criação e ativação de marcas, posicionamento e estratégia de negócios, expansão e internacionalização para aqueles que ambicionam uma posição global nos mercados CPLP e Qatar.

Nestes dois mercados, a Win Coach atua como apoio estratégico para promover e dinamizar as relações económicas, comerciais e culturais entre os nossos parceiros da CPLP e o Qatar, nomeadamente: apoiar os interesses comerciais dos empresários da CPLP no Qatar; fortalecer as relações comerciais entre empresas CPLP com empresários e outras instituições no Qatar; dinamizar o volume de comércio e investimento entre Qatar e a CPLP; organizar a participação  de comitivas empresariais em feiras e exposições de negócios no Qatar.

Na vertente formação, trabalhamos e criamos métodos de desenvolvimento de competências dos quadros, fortalecendo as bases para um crescimento estruturado e consistente. Áreas de foco: liderança, comunicação, empoderamento, etc.

Certificamos gestores, particulares e empresas pela ICC – International Coaching Community, uma das mais prestigiadas organizações, mundialmente reconhecida nas áreas de Coaching e Development, com Prémio Europeu de Qualidade e de Ética.
A ICC opera em 67 países e já certificou mais de 14 mil pessoas em todos os continentes. A Win Coach representa a ICC nos países africanos de língua portuguesa.

Para quem desconhece, pergunto-lhe o que o coaching? Quais as suas mais-valias?

Coaching é, sem dúvida, uma palavra que está na moda. Em Portugal estamos a ficar cada vez mais familiarizados com o tema. Nos outros países – Alemanha, França, Inglaterra, EUA – praticamente todas as empresas, gestores e cargos de chefia recorrem ao coaching regularmente, pois os resultados são efetivamente excelentes. Coaching é garantidamente uma das ferramentas com mais resultados no desenvolvimento de competências num curto espaço de tempo. Basicamente, utilizamos técnicas que suportam e ajudam pessoas a despertar para as suas próprias potencialidades, a tomar uma maior consciência de si próprio através da autoanálise e autocrítica construtiva. Acima de tudo, apreender a utilizar da melhor forma o seu potencial. Todos nós “somos verdadeiramente válidos”, o grande desafio é descobrir em que áreas somos realmente bons.

Algumas pessoas passam uma vida inteira sem sequer perceber o seu ‘dom’ verdadeiro. Outros por imposição da sociedade ou família acabam por ser desviados para outras realidades. Existem, ainda, aqueles que, por medo, vergonha ou qualquer outro bloqueio, permanecem na inércia de desempenhar qualquer função em troca de um ordenado mensal para sobreviver. Resultado prático: utilizam talvez metade das suas potencialidades no desempenho das suas funções, porque obviamente não colocam paixão e empenho no que fazem. Vivemos numa sociedade de rótulos, acabamos por agir de acordo com os rótulos que nos são ‘oferecidos’, a maioria das vezes até acreditamos genuinamente que somos essa versão criada.

Também é importante referir que o coaching não faz milagres. Qualquer indivíduo para ser ajudado é fundamental que o queira, que trabalhe para obter resultados.

Existem duas opções na vida: uma é comandarmos nós o nosso percurso – para isso é necessário trabalho, empenho, disciplina, elasticidade mental, emoção e acima de tudo paixão pelo nosso eu; a outra será sermos comandados pelo percurso – nesta opção contentamo-nos com a vontade alheia. O mais importante é perceber que a responsabilidade, independentemente da opção, é sempre nossa.

Podemos considerar o coaching como um veículo que nos ensina a ver outras perspetivas desafiantes para o nosso crescimento. Aprender a cocriar a nossa própria realidade.  Deixar a ideia de que tudo de bom que acontece é uma questão de “sorte”. Cada um de nós fabrica a sua própria sorte. A sorte é ter a capacidade de captar, no momento certo, as oportunidades que nos aparecem.

O que vos diferencia das restantes empresas de coaching?

Atualmente, na minha opinião, com tanta oferta no mercado, o que diferencia empresas, seja ela de que área for é, sem duvida, alguma paixão que depositamos no que fazemos, para além obviamente da competência.

O que conta é a experiência que proporcionamos, aliado aos resultados mesuráveis. Cada departamento da Win Coach empenha-se a acrescentar valor aos nossos parceiros.

Numa edição em que falamos do lado feminino à frente de grandes entidades e empresas de referência, pergunto-lhe como tem visto o aumento do número de mulheres em cargos de chefia e de decisoras?

O número de mulheres marcantes e muito bem-sucedidas nos cargos de gestão e liderança tem crescido de uma forma exponencial. Com base nas capacidades multifacetadas aliada a uma forte gestão emocional, intrínsecas características femininas, são sem dúvida alguma, pontos fortes e diferenciadores. As mulheres empresárias e líderes de negócios são o próximo mercado emergente global.

No entanto, para competir num universo, em que se anseia pela igualdade de género, é fundamental estar à altura. Aprimorar pela excelência.

A Win Coach na área da formação desenvolveu o conceito LEADERSHIP AND BUSINESS WOMAN, MAKE IT HAPPEN! Criado de raiz com o propósito de elevar o potencial, desenvolvendo competências e soft skills que permitam obter resultados sólidos e diferenciadores num mercado competitivo e veloz na sua transformação.

Em janeiro de 2019 vamos para a 3ª edição em Lisboa, desta ação de formação de três dias, que já é sucesso absoluto.

Esta partilha de experiência destina-se a gestoras de topo e intermédias, quadros com responsabilidades de chefia, empreendedoras que querem potenciar ou criar o seu negócio. Pertenço igualmente a FME–CE-CPLP, Federação das Mulheres Empresárias e Empreendedoras, a presidir uma das comissões. Na FME potenciamos e apoiamos negócios em ambientes caracterizados por uma elevada exigência. Onde impera a cooperação de negócios no feminino. Apoiamos empresas e projetos, das nossas associadas, que pretendem marcar presença no mercado dos nove países CPLP.

É também neste contexto de forte dinâmica, de empoderamento no feminino, que temos  parcerias internacionais que alavancam e posicionam os nossos projetos, no Qatar. País que incorpora uma grande dinâmica empresarial no feminino,  nomeadamente, com as novas gerações a assumir a gestão e projetos estratégicos, com impacto global, como a Qatar Foundation, entre outros. O Qatar constitui-se como um mercado pleno de oportunidades, com enfoque na promoção bilateral da cultura, comércio e desenvolvimento de negócios, nomeadamente com a comunidade da CPLP

Como se sente enquanto mulher à frente de uma empresa?

Sinto me muito bem, assumo essa responsabilidade já a vários anos. Na verdade, na minha opinião o que difere os gestores/líderes de empresas independentemente de serem homens ou mulheres é, acima de tudo a atitude. Para sermos bons líderes nos dias de hoje, temos obrigatoriamente de nos reinventar. Conseguir estar a altura do nível de exigência dos quadros da empresa. Cabe ao gestor a capacidade de encontrar e desenvolver talentos ao invés de ser o centro de atenções. Para chegar a líder é porque tem valor, assim sendo, tem de abrir mão de o querer provar constantemente. É obrigatório dar espaço para que outros brilharem, só dessa forma deixa de ser ‘escravo’ e necessário para cada decisão. Há que confiar responsabilidades aos quadros, dar espaço para que cresçam. Pedir ideias, envolver a equipa, sem o último a opinar, ao invés de ditar ordens. Só dessa forma faz crescer talentos, fundamentais para o crescimento das organizações. Infelizmente o Ego e o Orgulho ofuscam a coerência e o bom desempenho.

Um exemplo muito simples: no trabalho um colaborador partilha uma ideia. Achamos a ideia muito boa, ‘mas’ ainda assim, acrescentamos algo. Esse acrescentado vai melhorar a ideia, em média cinco por cento. No entanto, automaticamente, baixa cerca de 50 por cento do entusiasmo, de execução, daquele colaborador que nos trouxe a ideia. Pois já não se trata da sua ideia, mas sim de uma outra qualquer. Temos de ter um cuidado especial com o ‘mas’…

O papel do líder é ser visionário, inspirar pessoas com quem trabalha e ter a capacidade de fazer mover uma embarcação ao seu destino, sentado no banco de trás.

Na Win Coach, temos formações específicas para líderes e é extremamente gratificante e curioso as transformações.

Por onde passa o futuro da Win Coach Academy?

Longínquo, a trabalhar sempre a melhoria continua e excelência. Ensinamos os três passos para o sucesso ás organizações e particulares. Algo muito simples.

1º – começar, o mundo é dos que fazem e não dos que têm ideias fantásticas. Se não as implementam, não servem de nada. Arrisque e comece, só assim se aprende.

2º – persistir, quando começamos aparecem todos os obstáculos e mais alguns. Conseguimos algo, e imediatamente surge um obstáculo para atrapalhar. O caminho é persistir, persistir e persistir. É exatamente o que deferência os vencedores dos restantes.

3º – melhorar, melhoria continua. Afinar qualidade e excelência. Superar expectativas é muito melhor do que simplesmente satisfazer. O mercado evolui a uma velocidade alucinante. Apenas com melhoria e atualização conseguimos acompanhar.

 

 

 

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