Casa Arménio: A história e a tradição aliadas ao sonho

José Craveiro e Maria Luísa Correia são o corpo e alma de um dos restaurantes mais conhecidos de Tentúgal. Um local de história, que leva os clientes numa viagem de sabor pela tradição e pelo melhor que a localidade tem para oferecer em produtos.

Falar na Casa Arménio é recuar no tempo até 1965, ano em que José Craveiro decidiu tomar conta de um negócio que era dos seus pais e transformá-lo naquele que era o maior sonho do seu pai. A Casa Arménio, antes de ser um restaurante, já havia sido uma mercearia e uma taberna: “Os meus pais, quando conseguiram este espaço, começaram com uma mercearia que também era taberna, que servia alguns petiscos para os feirantes ou quem passava por Tentúgal ao vir da Figueira da Foz”, conta José Craveiro.
“A minha mãe só fazia uns petiscos, mas, um dia, vieram cá uns médicos dos Hospital de Coimbra pedir para realizarem aqui um jantar. A minha mãe, na altura, não queria, mas eu desafiei-a e disse-lhe, como grande amante da tradição que sou, para ela fazer o jantar e cozinhar os patos que tínhamos. Ela assim o fez e a nossa casa foi ganhando nome através do passa a palavra”, relata o dono da Casa Arménio.
Após a mãe de José Craveiro adoecer, o gerente do restaurante e a sua esposa, Maria Luísa, tomaram conta do negócio transformando-o naquilo que é hoje. Um espaço acolhedor, familiar, que traz à memória um pouco da história de Tentúgal e dá, também a conhecer a história da sua própria família. Conta com três salas com capacidades para 30 a 50 pessoas e, ainda, um pátio que faz as delícias de todos aqueles visitam o espaço.
Maria Luísa Correia conta que não sabia cozinhar quando assumiu a cozinha, mas que aprendeu tudo de forma rápida e com toda a técnica necessária para conseguir confecionar todos os pratos que são servidos no seu restaurante. “Eu não sabia cozinhar. Aprendi tudo a olho. Acho que me adapto bem a todas as situações. Trabalhei muito para conseguir fazer tudo tal e qual a minha sogra fazia”, conta Maria Luísa Correia.
A Casa Arménio conta com uma ementa muito particular, com um alimento em destaque: o pato. São várias as receitas que podem ser experimentadas no restaurante de José e Maria Luísa como, por exemplo, pato assado em forno a lenha, arroz de pato, arroz de cabidela e também os doces da região como os pastéis de Tentúgal, as queijadas e o pudim conventual. “Não existem queijadas e pudim como o nosso. É mesmo único, porque nós também o fazemos de forma conventual, sem nunca termos alterado as receitas que nos foram passadas”, afirma, orgulhosamente, Maria Luísa Correia.
Para o futuro, José e Maria Luísa Correia querem continuar a trabalhar, tal e qual, como fizeram até aos dias de hoje, tendo, também, em atenção a família que os ajuda diariamente no restaurante. Quando questionados sobre o aumento do negócio, José Craveiro afirma que gostaria de abrir outro estabelecimento, mas que também gosta de “manter os pés bem assentes na terra” e, por isso, mantém-se no local onde nasceu e onde o seu pai, Arménio, tinha o sonho de construir um restaurante.
“Deixamos um convite a todos a virem visitar Tentúgal, que tanta história tem, e a experimentar a nossa cozinha tradicional e os nossos doces conventuais”, terminam José Craveiro e Maria Luísa Craveiro.

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