Cartório Notarial Lígia Fernandes Guedes: Paixão pelo notariado

O Cartório Notarial de Vila Nova de Santo André é gerido por Lígia Andrea Valadares Fernandes Guedes. Verdadeiramente apaixonada pela sua profissão, a notária esteve à conversa com a Revista Business Portugal e contou-nos um bocadinho da sua vida por trás do notariado.

É ao percorrer as ruas luminosas de Vila Nova de Santo André que nos deparamos com o Cartório Notarial de Lígia Andrea Valadares Fernandes Guedes. No centro da cidade, a notária recebe-nos com boa disposição e com um sorriso no rosto.
Natural de Murça, Lígia mudou-se para o Porto para fazer a licenciatura em Direito na Universidade Lusíada. Foi durante os cinco anos de estudo que, a notária teve o seu primeiro contato com os serviços de notariado e, rapidamente, se apaixonou por esta área. “Durante o curso tive algum contacto com questões ligadas ao notariado e fiquei logo apaixonada por esta área”, refere entusiasmada.
Após o término do curso, Lígia fez algumas formações, pois achou que as bases que tinha não eram suficientes para conseguir exercer, da forma como pretendia, a sua profissão. Em 2005, submete-se, pela primeira vez ao exame da Ordem dos Notários, mas não consegue passar e, por essa razão, decide ir trabalhar para um Cartório Notarial no Porto para ganhar experiência e, mais tarde, repetir o exame. Em 2007, submete-se novamente aos testes e conseguiu o título de notária.

A chegada a Vila Nova de Santo André
Depois de receber o título de notária, Lígia gostava tanto do que fazia que, aquando da abertura do concurso, candidatou-se a todas as licenças disponíveis, inclusive nas ilhas. Vila Nova de Santo André foi a licença que, até aos dias de hoje, detém.
A 18 de agosto de 2008 abre o seu Cartório Notarial. Lígia confessa que, no início, a sua adaptação não foi fácil. A notária comenta que, “durante duas semanas, não entrou uma única pessoa no cartório”. Admite que, na altura, se sentiu assustada por ter arriscado mudar a sua vida para um local desconhecido.
Rapidamente tentou reverter a situação indo até aos locais mais importantes da cidade como, por exemplo, os bancos, para se apresentar e todos saberem que Vila Nova de Santo André tinha um Cartório Notarial onde poderiam usufruir de todos os serviços. “A partir do momento em que me fui apresentar aos serviços locais, tudo mudou. Começaram a aparecer clientes e, hoje, posso dizer que tenho clientes desde essa altura”.

Os novos desafios
Em 2011, Lígia viu-se a braços com um novo desafio: assumir, também, o Cartório Notarial de Grândola. Explica que, na altura, a notária responsável por aquele espaço concorreu para outra licença, ficando a licença de Grândola vaga. Embora fosse um cartório privado, a transmontana esclarece que, cada Cartório Notarial tem um arquivo que é público e que tem de estar sempre disponível para quem o quiser visitar e, por essa razão, assumiu o comando do Cartório de Grândola até 2017.
“Foram seis anos de trabalho a dobrar, mas confesso que me deu muito gozo trabalhar em Grândola também. Admito que o trabalho era imenso e que foi necessário ter uma logística diferente da que tenho hoje em dia, mas, no fim de tudo, compensou. As pessoas souberam reconhecer todo o esforço e tudo o que foi feito lá. Isso é muito recompensador”, diz de sorriso no rosto.
Quanto ao futuro, Lígia não duvida que o seu passa por Vila Nova de Santo André. Para além da qualidade de vida e da segurança, existe uma proximidade com os clientes que não se encontra em qualquer lugar. “Nós aqui vamos na rua e conhecemo-nos uns aos outros. É difícil isso acontecer em grandes centros e conseguir ter uma proximidade grande com quem nos visita todos os dias à procura dos nossos serviços de notariado”, diz.

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