Building Trust

Com instalações em Viana do Castelo, a Baltor é hoje uma empresa de referência na área da engenharia e construção civil. Este projeto criado em 2008, por Paulo Balinha e Bruno Torres, recebeu recentemente um novo impulso, com a chegada de Cláudio Costa, que em entrevista nos deu a conhecer um pouco melhor o projeto e de que forma se pretende diferenciar no mercado.

 

A Baltor é hoje uma empresa de referência na área da engenharia e construção civil. Poderíamos começar por recordar a génese do projeto e o que vos motivou a arriscar e a criar esta empresa?
Paulo Balinha (P.B.): A Baltor surgiu em fevereiro de 2008 e foi criada de raiz por mim e pelo Bruno Torres. Estudámos juntos Engenharia Civil, e depois de um percurso profissional relativamente curto por conta de outrem, optamos por criar a nossa própria empresa. Não era, de todo, a altura mais favorável, uma vez que coincidiu com o início da última grande crise em Portugal, mas isso foi, surpreendentemente para algumas pessoas, uma das principais razões que nos levou a enveredar por este projeto. A maior parte dos nossos colegas, recém-formados, tinha no momento como única perspetiva de futuro, emigrar. Nós, pelo contrário, não tínhamos essa intenção. Portanto, decidimos criar o nosso próprio negócio, a nossa própria empresa, de forma a tentar evitar, precisamente, essa necessidade de emigrar e quem sabe, “surfar” a onda quando viessem melhores dias. E assim surgiu este projeto.

A Baltor centra a sua atividade na construção civil e obras públicas, contando com uma consolidada carteira de clientes. Atualmente trabalham sobretudo com o mercado nacional, ou também já trabalham com o mercado estrangeiro?
P.B.: O nosso foco é o mercado nacional. Em determinado momento, também se propalou essa ideia e essa necessidade de exportação. A verdade é que, empresas com grandes e pesadas estruturas tiveram essa necessidade, porque o mercado português já pequeno, tornou-se ainda mais com a crise. No entanto, a nossa estrutura otimizada, permitiu-nos fugir dessa necessidade. Temos tentado fazer o nosso caminho cá, dentro de portas. Para já o nosso objetivo continua a ser esse, fazer engenharia e construção em Portugal, tudo o mais português possível.

 

Ao contrário do Paulo e do Bruno, que fundaram a Baltor, o Cláudio chegou ao projeto mais recentemente, mas com um grande objetivo.
P.B.: A entrada do Cláudio Costa no projeto foi um passo de coragem, mas muito bem pensado. Acreditamos ter feito a escolha certa, que nos ajudará a preparar ainda melhor para o futuro e para darmos mais alguns passos no caminho do crescimento sustentado. Pretendemos com a entrada do Cláudio ficar ainda mais fortes e assim poder fazer face a diferentes tipos de desafios, entrar em novos sectores e estratos. Acreditamos, sem dúvida, que o Cláudio será, com toda a certeza, uma grande mais-valia para o projeto.
Cláudio Costa (C.C.): A minha chegada à Baltor é muito recente, mas intensa. Estive cerca de 17 anos ligado a outro projeto, numa estrutura que inicialmente era pequena, mas que num curto espaço de tempo cresceu e se tornou numa das maiores referências do país, o que me proporcionou um grande know-how na gestão e conhecimento do mercado. Vi a Baltor, como uma empresa light, inquieta, verticalmente jovem e sem correntes, o que aliado ao facto de não ser uma empresa familiar, revelou-se para mim impossível recusar esta proposta, seria uma “insanidade” da minha parte, pois a nosso ver é um casamento perfeito. Acho que, realmente, a Baltor vai dar muito que falar…
O mais difícil foi criar a empresa e trazê-la até aqui, a minha parte acredito que é a mais fácil. Com a solidez financeira que a Baltor tem, com esta dinâmica acionista /administração jovem, e juntando ainda o facto de estarmos situados numa zona estrategicamente importante para o setor da construção, acredito que temos todos os ingredientes necessários para apostar num vincado e definitivo posicionamento no mercado. Acredito que temos o cartão de visita mais valioso, o da construção habitacional, que é o mais difícil e exigente. As nossas equipas conhecem perfeitamente as exigências deste setor da construção, desde as moradias e hotéis do setor de Luxo, até à habitação/hotelaria do setor económico/low cost. Estes projetos exigem grande gestão das várias especialidades, recursos humanos e cuidado nos acabamentos, tanto nos casos de maior como de menor nobreza dos materiais previstos, porque ao fim e ao cabo, tem de ficar sempre bem à primeira e no timing certo, para não comprometer as próximas especialidades e a entrega da obra ao cliente, quer seja residente permanente ou de uma noite. Foi o início perfeito para podermos abraçar outro tipo de projetos, levando connosco padrões de qualidade, exigentes. A Baltor quer agora estar mais forte ainda nas grandes superfícies, nos espaços comerciais e nas plataformas logísticas, onde já concluiu com sucesso alguns projetos. No fundo, a Baltor não quer fazer muito, mas quer fazer bem, queremos ser uma referência.

A falta de recursos humanos é evidente no setor da construção civil. A escassez de mão-de-obra, sobretudo qualificada, obriga à procura de soluções mais inovadoras?
P.B.: Sim, sem dúvida. O caminho passa por procurar soluções que, inevitavelmente, careçam de menos mão-de-obra. Estamos muito preocupados com a formação, mas também em conseguir sistemas construtivos mais céleres, mais eficientes e mais ambientais. Estamos focados em investir na qualificação dos recursos humanos, em ter meios próprios, e também em investir nos processos.
Efetivamente, começamos a sentir em Portugal uma tendência para inovar, e inovar é procurar soluções que hoje não careçam de mão-de-obra. No entanto, se compararmos o mercado nacional ao mercado francês, onde já se faz praticamente tudo em construção modular, ainda estamos a anos-luz. Hoje em dia são muito poucas as pessoas que escolhem seguir esta área e, consequentemente, a aposta em formação acaba por ser desvalorizada.
Bruno Torres: Nós sentimos sobretudo essa falta de formação em projetos de reabilitação, onde os acabamentos, sobretudo, exigem maior conhecimento por parte do colaborador. Graças a essa lacuna, pretendemos, num curto prazo de tempo, criar uma equipa própria que, depois, será também ela capaz de formar novos colaboradores.

De que forma a Baltor se diferencia no mercado?
Cláudio Costa: Estamos muito presentes, damos a cara. O principal fator é a proximidade. O maior desafio que temos é crescer, ser uma referência, mas sem nunca perder esta proximidade, o que não é um desafio fácil. Preocupa-nos muito, o tema da segurança e do ambiente, sendo a segurança em obra o nosso grande foco.

O futuro passa pelo crescimento, sem nunca perder a proximidade com o cliente. Que outros objetivos têm previstos para 2020?
Claúdio Costa: Formar pessoas, é um desafio interno que temos. Estamos em conversações com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, nesse sentido. Sabemos que vamos precisar de recursos e, por isso, estamos a apostar na formação. Queremos formar pessoas à nossa medida. Este é um dos desafios que temos para 2020. Apesar de já estarmos com projetos em Lisboa e no Porto, pretendemos realçar a nossa presença no Porto, onde entendemos que não temos dado a devida atenção., sobretudo na parte de hotelaria e residências. Continuaremos a apostar também em projetos públicos, concluímos recentemente a Requalificação da Escola Básica e Secundária de Barroselas (aproximadamente 1.85M€) e iniciamos este mês a Requalificação da Escola Sidónio Pais em Caminha (aproximadamente 3.5M€)
Este ano iremos também inaugurar os nossos novos escritórios centrais e estaleiro, que são completamente disruptivos e diferentes do habitual. Queremos que sejam o espelho daquilo que é o nosso estado de espírito, livre, arrojado, inquieto, mas muito focado e responsável.

De que forma a Baltor se diferencia no mercado?
C.C.: Estamos muito presentes, damos a cara. O principal fator é a proximidade. O maior desafio que temos é crescer, ser uma referência, mas sem nunca perder esta proximidade, o que não é um desafio fácil. Preocupa-nos muito o tema da segurança e do ambiente, sendo a segurança em obra o nosso grande foco.

O futuro passa pelo crescimento, sem nunca perder a proximidade com o cliente. Que outros objetivos têm previstos para 2020?
C.C.: Formar pessoas é um desafio interno que temos. Estamos em conversações com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, nesse sentido. Sabemos que vamos precisar de recursos e, por isso, estamos a apostar na formação. Queremos formar pessoas à nossa medida. Este é um dos desafios que temos para 2020. Apesar de já estarmos com projetos em Lisboa e no Porto, pretendemos realçar a nossa presença no Porto, onde entendemos que não temos dado a devida atenção, sobretudo na parte de hotelaria e residências. Continuaremos a apostar também em projetos públicos. Concluímos recentemente a Requalificação da Escola Básica e Secundária de Barroselas (aproximadamente 1.85M€) e iniciamos este mês a Requalificação da Escola Sidónio Pais, em Caminha (aproximadamente 3.5M€). A Baltor fecha 2019 com o volume de negócios de quase 9M€ e pretende duplicar este número para 2020.
Este ano iremos também inaugurar os nossos novos escritórios centrais e estaleiro, que são completamente disruptivos e diferentes do habitual. Queremos que sejam o espelho daquilo que é o nosso estado de espírito, livre, arrojado, inquieto, mas muito focado e responsável.

You may also like...