BNP Paribas: proteja as suas contas – opte pelo factoring

Luís Pina Augusto, diretor geral da BNP Paribas Factor Portugal, concedeu uma entrevista à Revista Business Portugal, na qual nos explica o ‘factoring’ e o porquê de uma empresa dever optar pelos serviços desta sucursal do grupo BNP Paribas. Recentemente, foi nomeado para também assumir as mesmas funções em Espanha.

Vou-lhe pedir que comece por apresentar a BNP Paribas Factor.

A BNP Paribas Factor é uma empresa de factoring, está presente em Portugal há mais de 30 anos. Tem como acionista o grupo financeiro BNP Paribas, o qual está presente em terras lusas desde 1985. O grupo tem também sete outras empresas presentes no país, das quais a Factor é a segunda mais antiga. Surgiu em 1987 com o foco de ajudar as pequenas e médias empresas nacionais na gestão da carteira de clientes, no financiamento tesouraria de curto prazo e na realização das suas cobranças.

A BNP Paribas Factor conta hoje com 33 colaboradores, tem vindo a crescer ao longo dos anos e, atualmente, representa cerca de 13 por cento de quota de mercado factoring, o que também tem vindo a aumentar. A BNP Paribas Factor tem cerca de 350 clientes, os quais são empresas de diferentes dimensões e presentes em vários setores de atividade. Trabalhamos muito com a indústria de uma forma geral, em parte devido ao facto de ser um setor de atividade muito voltado para exportação, algo em que nos encaixamos muito bem.

Temos presença direta em 17 países e com isso conseguimos oferecer uma solução única em Portugal:temos a capacidade de tratar das faturas e gerir a conta-cliente de uma empresa portuguesa e das suas filiais no estrangeiro a partir de Portugal. A isto chamamos Factoring “Pan-European”. Fomos a primeira empresa em Portugal a aderir à Factor Chain International (FCI), uma associação internacional presente em 82 países (para além dos 17) e por isso, onde não tivermos presença física conseguimos fazer o tratamento das faturas nesses países através de correspondentes.

Como é que este grupo francês chega a Portugal?

A BNP Paribas Factor chega a Portugal em 1987 pela mão do primeiro administrador, o doutor Alcino Cardoso. A primeira empresa de factoring do grupo foi instalada em Portugal, apesar de já haver alguma notoriedade do factoring em França. Decidiu-se usar Portugal como projeto-piloto, uma vez que é um país com uma boa base de pequenas e médias empresas exportadoras, para as quais o produto BNP Paribas Factor se encaixa na perfeição. O BNP Paribas foi pioneiro nessa altura no Factoring em Portugal e com sucesso.

Porquê optar pelos vossos serviços?

A componente factoring tem três áreas distintas e cada cliente pode selecionar as que bem entender, se bem que a maioria opta pelas três (full-factoring). Uma área é simplesmente a gestão da cobrança, disponível para todas as empresas. O nosso cliente entrega-nos todas as faturas de um seu devedor para que nós façamos a cobrança. O BNP Paribas Factor notifica o devedor e, a partir daí, é a nossa equipa que gere a cobrança de todas as faturas. Recebemos uma comissão pela cobrança.

Outra área é a cobertura do risco de um devedor do nosso cliente entrar em falência ou insolvência. Podemos oferecer um seguro de crédito para prevenir esses casos. O cliente pode optar só pela cobrança ou também pelo seguro de crédito, se tiver os dois fica completamente coberto (os contratos normais incluem uma cobertura entre 80 a 95 por cento. Alguns casos pode chegar a 100 por cento).

Uma terceira vertente é a do financiamento. Se o cliente de uma empresa só paga a 90 dias e os seus fornecedores exigem pagamentos a 15, a BNP Paribas Factor adianta o dinheiro da fatura e depois faz a cobrança ao devedor. Nessas situações não funcionamos com comissões, mas sim com uma taxa de juros cobrada pelo adiantamento feito.

Na realidade podemos trabalhar com qualquer tipo de empresa, mas uma das premissas é não existir o pronto-pagamento. Outra limitação legislativa é não podermos trabalhar com particulares.

Quais são os vossos métodos de cobrança e o que acontece quando esses métodos falham?

Temos uma equipa própria muito experiente de cobrança de crédito e, em Portugal, temos ainda uma subsidiária da BNP Paribas Factor França denominada International Trade Partners (ITP), a qual realiza a cobrança não só dos devedores domésticos, como também dos internacionais. Nos restantes casos, recorremos à FCI, que faz a cobrança em nosso nome. Na maioria das vezes depois da notificação de pagamento, o mesmo é feito. Quando isso não acontece, essa equipa tem de avançar e averigua o que se passa. São muito raros os casos que possam evolution para uma cobrança judicial. Temos uma taxa muito baixa de contencioso.

Sente que a vossa intervenção de alguma forma impulsiona o pagamento?

O facto de ser uma instituição financeira a fazer a cobrança acaba por ter algum peso no devedor. As empresas procuram-nos pela notoriedade do grupo, pela qualidade do serviço e pela comodidade. A redução do prazo médio da cobrança dos nossos clientes é historicamente substancial.

Resta saber o que aguarda o futuro do BNP Paribas aqui em Portugal.

Hoje cerca de 25 por cento do mercado de factoring de exportação em Portugal é feito por nós, mas queremos ser líderes de mercado. Queremos também reforçar o produto ‘reverse-factoring’, o qual consiste em financiar os fornecedores dos nossos clientes. Por fim, o futuro de todo o mercado passará pelas novas plataformas digitais e a automação da prestação de serviços. Para isso lançamos o ano passado o primeiro aplicativo do mercado totalmente dedicada ao factoring, ’My View‘.

 

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