Argumento Vantagem: O seu sucesso é o nosso único negócio

Ajudar as empresas na otimização ou recuperação do seu negócio. É esta a missão da empresa aveirense, Argumento Vantagem. Elton Batista assume a gerência do negócio desde 2016 e, em entrevista com a Revista Business Portugal, revelou a génese da empresa e o mercado em que se insere.

A Argumento Vantagem está no mercado desde 2012. Desde então, tem-se afirmado como uma empresa de referência na área de consultoria. Como surgiu a oportunidade de integrar este projeto?
A ideia e projeto de negócio não foi meu. Entrei mais tarde, em 2014. Este projeto nasce da vontade de dois ex-quadros bancários, que fundaram a empresa com a ideia de aproximar o empresário à banca. Quando os fundadores da Argumento Vantagem saíram da banca aperceberam-se de alguma dificuldade por parte das empresas em obter meios de financiamento para a atividade. Por isso, decidiram aplicar o conhecimento que detinham e auxiliar as empresas nesse processo. Em 2014, foi-me lançado o desafio de entrar na Argumento Vantagem; mais tarde, em 2016, graças ao afastamento contínuo dos fundadores foi-me proposto adquirir a empresa, algo que aceitei e, desde então, assumo a gestão do negócio.

Se inicialmente estava mais vocacionada para a negociação bancária, hoje o leque de serviços é bem mais vasto e diversificado…
Sim. As regras bancárias mudaram muito e as empresas também já estão melhor, já não precisam de tanto apoio nessa área. A parte de financiamento bancário, com a retoma dos mercados, deixou de ter tanta expressão. Neste momento, estamos mais vocacionados para a otimização desse financiamento e para a consultoria. Verificamos que o empresário sente a necessidade, neste momento, de ter alguém que o apoie. Atualmente, focamo-nos mais nas micro e pequenas entidades. Aquelas que necessitam, implicitamente, de financiamento, mas que não têm necessidade de ter um ativo nos seus quadros que o faça, permanentemente. Ou seja, tentamos vocacionar o nosso serviço para as micro entidades numa forma de poder fornecer um serviço de acompanhamento financeiro, como um diretor financeiro, mas em regime de outsourcing, de forma a otimizar tudo o que são os resultados da empresa. Queremos envolver-nos nos processos que dizem respeito à tomada de decisão geral da empresa, tal como um gestor e um administrador e apoiá-lo na tomada de decisão para melhorar o negócio. No fundo, pretendemos ser o apoio para cada tomada de decisão que a gestão necessite de fazer, quer seja em investimentos, em poupanças, em reestruturações, ou até em recuperações de empresas. Desde que esteja dentro do nosso alcance e da nossa formação, nós vamos colmatando as falhas porque, mais do que vender o nosso serviço, nós queremos dar ao cliente aquilo que ele necessita.

Como avalia o papel do consultor para as empresas, atualmente? Os empresários portugueses já reconhecem a sua importância para a sustentabilidade do negócio?
Sim. Constato isso, cada vez mais. Até então, o típico empresário português, que tem a ideia de negócio e que a aplica, acabava por fazer tudo. Negociava com fornecedores, com clientes, com bancos… e negociava bem, atenção. Mas negociava otimizando tudo? Provavelmente, não. Havia uma dispersão do que era o negócio. O empresário é bom a vender o produto dele, mas sente na área financeira, apesar de já haver alguma formação, a necessidade de ter alguém que o ajude, algo que até então não tinha. Antes, havia a ideia de esconder os pormenores e o modelo de negócio e, em muitos casos, ainda continua a ser assim, o que é uma das nossas principais dificuldades. Ao sermos consultores financeiros externos mexemos em partes delicadas da empresa e acabamos por ter acesso a muita informação, obviamente, confidencial. O empresário ainda tem muito a ideia: “vou esconder isto”. Mas esquece-se que, por vezes, ao esconder informação nos está a dificultar o trabalho e nós podemos errar em prejuízo dele. No entanto, considero que, cada vez mais, os empresários nos veem como parceiros, como criadores de valor para o seu negócio.

Assume a gerência da Argumento Vantagem há três anos. Que balanço pode fazer destes anos de atividade?
O balanço que faço acaba por ser positivo. Sinto que, cada vez mais, as empresas abordam-nos para prestar diversos serviços e já não nos veem só como alguém que os pode salvar. O nosso negócio tem vindo a evoluir favoravelmente nas áreas que envolvem a antecipação de situações delicadas nas empresas. Temo-nos apercebido que o empresário nos aborda mais para temas de gestão e de estratégia e não tanto para os ajudar a recuperar. Estão cada vez mais abertos para receber pessoas novas com ideias inovadoras para o negócio.

O que podemos esperar para o futuro da Argumento Vantagem?
Num curto prazo de tempo pretendemos certificar a empresa para dar formação. Esperamos até ao final deste ano/início do próximo conseguir obtê-la. Queremos ser parceiros capazes de colmatar muitas lacunas que existem nas empresas, que nos permitam enquadrar naquilo que a empresa precisa e conseguir detetar a solução necessária. Para além disso, queremos ter uma série de serviços que são necessários à gestão das empresas concentrados num espaço. Pretendemos ter um apoio jurídico interno, um apoio contabilístico, ter protocolos com instituições financeiras de modo a poder ter canal aberto para melhor servir os nossos clientes. Mas considero que, acima de tudo, desejamos continuar a ser parceiros com nome, que as pessoas, quando pensem em consultoria financeira, pensem em nós e que este modelo crie ainda mais raízes no tecido empresarial de Aveiro.

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