Aquaelements: A arte de ser único

Com sete anos de existência, a Aquaelements tem como filosofia o desejo de ser diferente. Rui Bailote e a esposa, Cláudia, conversaram com a Revista Business Portugal sobre o conceito da empresa, a sua política de inovação e as mudanças de que está a ser alvo o mercado algarvio, no que respeita ao tipo de cliente e aos materiais e técnicas utilizadas.

Rui Bailote criou a Aquaelements em março de 2012, mas trazia consigo 15 anos de experiência na área da construção e manutenção de piscinas, adquiridos enquanto trabalhou com o sogro. O desejo de inovar e ser diferente fê-lo estabelecer-se por conta própria: “Eu queria ir um pouco mais além, arriscar e inovar. Queria ser diferente, trabalhar com novos materiais e técnicas, então assumi o risco e criei uma nova empresa”.

Inovação e diferenciação
Estas são as duas palavras-chave que definem o posicionamento desta empresa: “Todos os trabalhos que faço são realizados como se fossem para mim. Este grau de exigência obriga-me a estar presente em todos os locais de obra e em todas as fases, de forma a garantir que tudo fica bem feito. Especializei-me na colocação de tela PVC, inicialmente, porque não existiam muitos concorrentes a fazê-lo e, por esse motivo, fiz alguns trabalhos para outras empresas”.
Quando começou a trabalhar sozinho, Rui Bailote teve de começar do zero – tinha apenas cinco clientes, a quem garantia a manutenção das piscinas, mas não eram suficientes para sustentar a empresa: “O meu propósito era abrir uma loja de produtos de piscinas, mas percebi que tinha de angariar clientes e dediquei-me primeiro à manutenção destas”. A partir daí, e com a vontade que tinha de inovar e aprender técnicas novas, foi conquistando clientes: “Neste momento, já tenho quem espere cerca de dois meses pelos meus serviços, porque tenho soluções diferentes. A tela PVC, por exemplo, é a prova de que é possível corrigir fugas de águas de uma piscina, substituindo os tubos e colocando-lhe este novo revestimento. É um plástico que imita a pastilha, que tem 10 anos de garantia e é extremamente resistente. É este tipo de soluções que os meus clientes procuram”.

Um mercado maioritariamente estrangeiro
O mercado da construção e manutenção de piscinas não evoluiu de forma considerável, nos últimos anos, mas o responsável da Aquaelements entende que os clientes portugueses também não queriam ir além do básico: “Ainda hoje é assim – os portugueses perguntam preço, querem o básico, no que respeita a equipamentos e, apenas aqueles que já tiveram problemas com produtos de gama mais baixa, reconhecem a utilidade de um equipamento melhor ou mais potente”. A explicação centra-se no facto de a maioria das piscinas de proprietários portugueses se localizarem em casas de aluguer: “Eles querem produtos básicos e simples, que dêem poucos problemas. Já os estrangeiros que vêm residir para o Algarve querem assegurar que têm aqui as mesmas condições e qualidade de vida que tinham na sua terra natal e estão dispostos a pagar por isso”.
Rui Bailote conta já com vários exemplos que corroboram a sua explicação. Os investidores franceses, que estão a comprar os prédios e moradias antigas na Baixa de Olhão, são os responsáveis pela construção de piscinas no terraço das moradias: “O conceito de piscina está a mudar. Estas funcionam atualmente como espaço social, de convívio e as casas são preparadas, desde as fundações, para ser colocada a piscina no terraço. É mais do que um espaço para se refrescarem, é um local onde se podem sentar, encostar, e conversar uns com os outros”.
Além disso, os estrangeiros residentes têm uma visão diferente da construção de uma piscina: “Eles vêm pedir ideias, fazer uma consultoria às possibilidades que existem. O meu papel é mostrar-lhes tudo o que tenho à disposição e deixá-los escolher. A pior coisa que me podem dizer, no final de um projeto, é que ‘se soubessem, tinham feito de uma outra forma’. Eu disponibilizo o máximo de informação e são eles que escolhem o produto que querem”.
A garantia de qualidade e de segurança que a Aquaelements passa aos clientes é assegurada pela posição que Rui Bailote quer ocupar no mercado: “Não pretendo ser alguém que trabalha só para faturar. Quero ter conhecimentos, aprender novas técnicas e conhecer novos materiais para estar disponível para discutir com os clientes as soluções para os seus projetos”. Para isso, participa em feiras da especialidade e faz formações com os fornecedores de alguns materiais, para estar atualizado sobre as tendências do mercado.
Com uma área de atuação que vai de Vila Real de Santo António a Alcantarilha, a Aquaelements, prepara-se para abrir a loja ao público – o projeto inicial de Rui Bailote: “Vamos abrir em agosto no espaço que, desde sempre, foi pensado para ser a loja, mas que se transformou no meu armazém. A partir daqui, é possível vender produtos e materiais ao público, bem como negociar saunas e spas, uma outra área de especialidade que desperta interesse aos estrangeiros residentes”.
Com uma equipa de quatro pessoas e sem poder aceitar trabalho até setembro, Rui Bailote faz um balanço positivo da sua decisão de criar a própria empresa, mas assume também que isso se deve, precisamente, à sua convicção inicial: “Ser diferente, fazer diferente e bem. É isso que nos distingue, porque para ser igual já existem muitos”.

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