Ao serviço dos limianos

Marília Gonçalves, proprietária

É em Ponte de Lima que encontramos a Farmácia da Vila, liderada por Marília Gonçalves. Um exemplo simpatia e atendimento personalizado que faz diferença na vida de quem lá passa.

 Para que possamos contextualizar os nossos leitores, pergunto-lhe como surgiu a Farmáia da Vila?

Este projeto teve inicio em 2007.

Que balaço faz desta década de atividade?

Tem sido um percurso positivo apesar de todos os obstáculos e dificuldades que penso serem transversais a todas as farmácias portugueses.

Começo por lhe perguntar se notam uma preocupação dos portugueses com a sua saúde?

Sim, os portugueses estão mais preocupados com a saúde e bem estar. Nos últimos anos observou-se um aumento significativo na procura e escolha de produtos que proporcionam uma melhoria da condição física em geral.

O que vos distingue e que serviços disponibilizam aos vossos utentes?

Estamos atentos às necessidades dos nossos utentes e por isso, temos uma diversidade grande de produtos e marcas para satisfazer desde os bebés aos idosos. Temos consultas de nutrição, fazemos rastreios gratuitos de colesterol, glicémia e tensão arterial, rastreios capilares e aconselhamento personalizado de dermo-cosmética. Dispomos ainda de um serviço de entregas ao domicílio que pensamos ser uma mais-valia para quem não tem possibilidade de se deslocar às nossas instalações ou para quem tão somente privilegia a comodidade.

Como descreve esta equipa?

Somos uma equipa jovem, dinâmica e profissional. Nada nos entusiasma mais do que prestar um serviço de excelência. Estamos atentos às necessidades e fragilidades dos nossos utentes/clientes e assumimos um compromisso diário com a satisfação e felicidade dos mesmos.

E na falta de algum produto, como procedem? E como garantem a qualidade dos mesmos?

A farmácia encomenda os produtos e medicamentos aos armazenistas ou diretamente aos laboratórios que os comercializam. Estes são responsáveis pelo transporte até às nossas instalações assegurando a qualidade e integridade dos produtos solicitados.

Que dificuldades tem enfrentado o setor?

O setor das farmácias enfrentou tempos de profundas alterações e desafios nos último anos, desde a desregulamentação do mercado às medidas de austeridade implementadas para fazer face à crise económica que atravessamos. Neste momento, conseguimos estar mais ajustados e em equilíbrio relativamente a essas mesmas mudanças. Um desafio importante é fazer frente aos preços praticados pelas grandes superfícies em alguns segmentos de produtos tal como puericultura e dermo-cosmética e nos medicamentos não sujeitos a receita médica.

Os portugueses recorrem mais aos medicamentos?

O acesso aos medicamentos tem vindo a aumentar. A percentagem de portugueses que deixaram de adquirir medicamentos por falta de dinheiro diminuiu no último ano, no entanto ainda estamos longe do objetivo que é não haver desigualdade.

De onde vem essa desigualdade?

A desigualdade provém essencialmente da diferença de rendimentos entre a população portuguesa. As pessoas com menos rendimentos tem sempre mais dificuldade na hora de comprar medicamentos ou aceder a uma consulta ou cirurgia. Este é um problema no acesso a cuidados de saúde no geral.

E a investigação em Portugal, nesta área? Como vê a mesma?

A investigação farmacológica em Portugal tem evoluído imenso nos últimos anos. Temos uma empresa portuguesa (Bial) que produz e comercializa muitos medicamentos para todo o mundo. Obviamente que ainda há muito por descobrir  mas penso que estamos no bom caminho e os nossos investigadores tem mostrado grandes competências nesta área.

 

 

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