Aldeiàpart: Construindo uma Aldeiàpart

A Aldeiàpart, sediada em Arcos de Valdevez, desenvolve a sua atividade nas mais diversas áreas de projeto, construção, remodelação e recuperação de imóveis. No entanto, desde 2012 que o Arquiteto Luís Rocha e o Engenheiro Civil Gonçalo Barros, sócios-gerentes desta empresa, se especializaram numa tipologia de construção: as casas de madeira.

O nome da empresa desvenda o desejo inicial que a dupla de administradores, nossos entrevistados nesta edição, tinha quando tudo começou: a construção de uma aldeia à parte, isolada, diferente e em madeira (destinada ao uso turístico que tem estado em crescimento na região). Quis o destino que essa aldeia ainda não fosse construída, no entanto, já vários são os projetos levados a cabo por esta empresa inovadora.
As casas de madeira podem assumir diversas tipologias: T0, T1, T2, T3. São todas construídas em pinho nórdico importado, através de uma empresa parceira da Aldeiàpart, e que oferecem garantias e mais-valias que têm conquistado cada vez mais pessoas: “Para além da harmonia paisagística e ambiental que permite, este tipo de material, economiza até cerca de 50 por cento de energia, que é 15 vezes mais isolante do que o betão, 400 vezes mais isolante do que o aço e 1770 vezes mais isolante do que o alumínio. São números arrebatadores que dão que pensar, aliado a um custo muito mais reduzido, comparativamente às construções em betão, o tempo de construção é muito menor e oferece uma eficiência acústica e térmica fantástica”, garantiram os porta-vozes da empresa.
Atualmente, este tipo de construções tem sido uma solução para os crescentes investimentos turísticos que têm existido na região, mas, por outro lado, muitos são aqueles (estrangeiros e portugueses) que também procuram a harmonia de uma casa de madeira para viver: “Nós somos dois exemplos, ambos possuímos uma casa de madeira”, confidenciaram-nos orgulhosos.
Questionados sobre a segurança e a manutenção que este tipo de edifícios envolve, a dupla de administradores explicou que a manutenção das casas vai depender da exposição solar a que as mesmas estiverem expostas: “Optamos sempre por proteger as nossas construções e aconselhamos, em terrenos de muita exposição solar, a plantação de árvores que permitam resguardar os materiais dos raios solares. As velaturas utilizadas têm garantia de 10 anos, no entanto, aconselhamos ligeiras manutenções de quatro em quatro anos. Já no que diz respeito à segurança destas construções é preciso desmistificar o perigo e a fragilidade deste tipo de estruturas porque, ao contrário do que se pensa, a madeira é mais resistente ao fogo do que outros materiais de construção. Conhecemos casas de madeira que foram construídas há décadas e que se mostram intactas e seguras”.
A Aldeiàpart assume todo o processo de construção das casas de madeira, desde o projeto à entrega, passando pelo fabrico e todo o acompanhamento ao cliente: “A versatilidade é a principal caraterística das nossas construções que aliam soluções modernas com construções tradicionais. Esta é uma atividade que permite dar asas à nossa imaginação”, salientaram.
O processo de licenciamento é o mesmo que para uma habitação convencional, ou seja, a casa de madeira tem de ser construída num terreno de construção e obedecer aos parâmetros urbanísticos impostos pelos regulamentos dos planos diretores municipais.
“Apesar de estas casas se fundirem com a paisagem e de criarem novas soluções de integração da sociedade no meio ambiente, o processo que envolve o licenciamento devia incentivar a propagação de novas edificações com materiais sustentáveis, evitando desta forma a desertificação dos espaços rurais”, defenderam. “Infelizmente ainda precisamos de uma evolução nesse sentido e, principalmente, de uma mudança de mentalidades e desburocratização das exigências de licenciamento”, finalizaram os empresários.

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