Agência de Seguros Socialgar: “Comprar um seguro é comprar uma expectativa”

A Socialgar é uma agência de mediação de seguros, criada em 2003, com o propósito de servir com transparência e honestidade os clientes. Gerida atualmente por António Vitorino, com quem a Revista Business Portugal esteve à conversa, a Socialgar tem nos seus quadros seu pai, cuja vida sempre esteve ligada à venda de seguros, desde Moçambique.

Falar de seguros com António Vitorino, atualmente com 47 anos, é falar, intrinsecamente, na sua vida pessoal e da sua família. O pai, Francisco Vitorino, trabalha na área dos seguros desde os anos 70, altura em que a família ainda estava em Moçambique. “O meu pai começou a trabalhar em seguros na Mundial e depois, quando regressámos a Portugal, em 1975, foi trabalhar para a A Social, outra companhia de seguros que viria a ser, mais tarde, adquirida pela Allianz”.
António Vitorino acabaria por seguir os passos do progenitor e, em 1990 também, integrou a equipa da A Social, em Lisboa: “saí em 2003, porque o meu pai lançou-me o desafio de abrir a Socialgar, conjuntamente com a mulher dele Ivone Vitorino. Entretanto, crescemos e aumentámos a equipa, com a colocação de mais um elemento”.
Com uma carteira de clientes que os acompanha desde 1978 – o cliente mais antigo desta agência é um grupo hoteleiro algarvio – a Socialgar preza valores como a transparência e a honestidade. “Nós estamos sempre próximos dos nossos clientes, o que explica a sua preferência e fidelidade. Na verdade, gostamos de ser absolutamente transparentes com eles, garantindo que explicamos tudo que o le precisa de saber sobre o que está a comprar: “quando um cliente adquire um seguro somente leva consigo ‘papel’. Uma apólice é isso mesmo, mas contém uma expectativa que o cliente espera ver concretizada, caso tenha de acionar o seguro. O meu papel passa por lhe explicar, com maior detalhe, exatamente o tipo de coberturas que está a comprar, que risco está a proteger e quanto pagará por isso”. António Vitorino garante que, se o seu cliente tiver razão, a Socialgar fica ao seu lado até que a seguradora assuma as responsabilidades. Caso contrário, assegura que o melhor é explicar ao cliente que, de facto, não estava protegido ou as razões para recusa da Seguradora: “atualmente, as seguradoras já não pagam riscos pelos quais não tenham efetivamente responsabilidade. Se um cliente passou por uma situação que não estava coberta pelo seguro que tinha, o melhor a fazer é explicar ao cliente que, de facto, não vai ser ressarcido pelo seguro”.
Enquanto agência de mediação multimarcas, a Socialgar procura oferecer aos seus clientes sempre as melhores soluções, aos melhores preços. “Estamos aqui para servir os clientes, essa tem sido sempre a posição da Socialgar. Assim, não podemos nem queremos ser agentes exclusivos de uma seguradora, porque gostamos de poder procurar e oferecer aos clientes a melhor solução para o seu caso e isso só é possível se estivermos inscritos em várias companhias de seguros. Para nós, o que importa é o cliente e o objetivo é garantir que o cliente sai daqui satisfeito com a solução que lhe encontrámos. Se pudermos fazer isso por um preço que não seja demasiado alto para o cliente, tanto melhor”.
O aconselhamento que a Socialgar presta a todos os seus clientes é um fator diferenciador nas escolhas dos produtos adquiridos. António Vitorino assegura que a grande maioria dos clientes aceita a proposta dos mediadores e segue o seu conselho, no que concerne à proteção dos seus bens ou no que respeita a seguros de vida e acidentes de trabalho. “O cliente está mais informado e é muito mais digital. Hoje em dia, quem vem comprar um seguro já sabe, muitas vezes, exatamente o que vem adquirir, mas ainda assim existe respeito pelo conselho que lhe é dado aqui. No que respeita a clientes privados, estes são mais propensos a, futuramente, adquirirem os seguros online, mas a presença de um mediador físico continuará a existir, para assegurar o esclarecimento de dúvidas, caso existam e regularização de sinistros. Muitas vezes, são as próprias companhias de seguro a atribuir um mediador físico a quem adquire um seguro online”. No que respeita a clientes empresariais, o panorama é diferente. Estes continuam a preferir fazer o seu seguro diretamente com o mediador, sobretudo porque o valor dos riscos é mais elevado e as coberturas são, normalmente, mais complexas, pelo que a ajuda de um profissional dos seguros é fundamental: “no caso da Socialgar, a grande maioria da nossa carteira de clientes é empresarial, mas também temos clientes particulares, que vêm essencialmente por recomendação direta de outras pessoas que já têm seguros connosco”. É caso dos estrangeiros residentes no Algarve.
Apesar de, atualmente, os mediadores, entidades bancárias, concessionários automóveis e contabilistas como exemplos que trabalham com seguros estarem habilitados para o fazer, António Vitorino ainda não considera que a profissionalização desta atividade tenha acontecido na totalidade. “Ainda há muita gente que tem outra atividade remunerada, para além dos seguros, o que faz com que estes sejam vendidos em massa, sem grande atenção ao cliente, pois o foco principal de quem vende os seguros não está na mediação. No caso de mediadores, como a Socialgar, quem aqui trabalha só tem esta atividade. Toda a concentração está voltada para o cliente, a sua necessidade e como podemos garantir a sua satisfação”.
Apesar da evolução da sociedade e dos mercados dos seguros, o cliente português ainda vê os seguros como um custo necessário, pelo que opta, quase sempre, por fazer apenas os seguros que são obrigatórios por lei, mesmo no caso das empresas: “a cultura sobre os seguros e a sua utilidade está a mudar, mas muito devagar. As próprias seguradoras foram mal vistas socialmente, durante muitos anos, mas felizmente isso está a mudar”.
Enquanto mediador, António Vitorino reconhece que a Socialgar tem um papel importante junto dos clientes: “um mediador tem de estar presente para o cliente quando o problema acontece. Se existe a necessidade de acionar um seguro, o cliente não pode passar por essa situação sozinho. É nossa obrigação apoiá-lo, para garantir que cumprimos as expectativas que ele criou quando adquiriu aquele seguro connosco, em primeira instância. Felizmente, até hoje creio que sempre conseguimos estar presentes quando um cliente precisou de nós e é assim que queremos continuar”.

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