Adega Ramadinha: Lembra-se do sabor dos maravilhosos cozinhados da sua avó?

Sabe aquele sabor maravilhoso que deixa saudade e que é tão difícil de replicar? Pois, esse mesmo sabor que nos faz viajar pela nossa infância pode ser encontrado na Adega Ramadinha, em Castelo de Paiva. Fernando Leitão, o atual gerente, fala sobre a história familiar que celebra, no próximo ano, o 20.º aniversário.

O negócio surge, em primeiro lugar, pela mão dos sogros do nosso entrevistado. Dedicado à arte de produzir rolhas, mas não estando contente com a sua profissão, ofereceu-se para assumir o negócio depois de o seu sogro descobrir uma complicação de saúde que o impedia de continuar. A sua mulher já trabalhava na tasca de família e o próprio Fernando Leitão, já ajudava a família nos tempos livres por gostar realmente de estar naquele ambiente. “Eu adorava isto e pareceu-me o passo mais acertado. A minha mulher não achou muita piada no início, mas lutamos todos os dias para fazer o negócio funcionar”, explica.

Dedicação, empenho e vontade de fazer mais e melhor
A tasca, que funcionava apenas da parte da tarde e que servia as típicas punhetas de bacalhau e peixe de rio, teve de sofrer algumas alterações para chegar ao que é hoje. Fernando Leitão explica que “quando assumi a gerência tive de contornar as nossas maiores dificuldades. Havia alturas em que não tínhamos clientes e era devastador recebermos clientes que queriam almoçar e jantar e nós não tínhamos esse tipo de serviço. Assim, começamos a ponderar aumentar o nosso leque de serviços”.
O gosto pela cozinha já existia, mas foi potencializado e o feedback que foram recebendo durante os primeiros tempos, foi o incentivo ideal para continuar a crescer. O bacalhau, cozinhado de todas formas e feitios, era e continua a ser o ponto forte da casa, mas existem alternativas, apoiadas na tradição portuguesa, e sempre confecionadas no forno de lenha, elemento fundamental para apurar o sabor típico da comida da nossa infância. “É muito importante, para nós, analisarmos de onde viemos e onde chegámos. No início, não servíamos refeições e tínhamos uma sala para 30 pessoas. Hoje, quase 20 anos depois, apostamos na nossa expansão e temos já 300 lugares”.
Os fins de semana são de casa cheia. Os clientes visitam e voltam para continuar a deliciarem-se com os maravilhosos manjares. Uma casa de família e para as famílias, onde os mais novos e os mais velhos se encontram à mesa para partilhar os melhores momentos da vida. Um lugar onde os produtos são apreciados na sua plenitude e onde o profissionalismo e o respeito estão no topo de todas as mesas. Garante que o bom funcionamento é devido à confiança e ao companheirismo que prima nas relações familiares dos quatro colaboradores que fazem parte da equipa.

A remodelação tão esperada
19 anos depois de ter abraçado o projeto, decide que é a altura de dar um novo passo. Com apenas 10 dias de pausa, o gerente e a sua mulher decidem remodelar todo o espaço. A tradição e o ambiente de tasca tinham de continuar a existir, mas estava na altura de tornar o espaço mais à sua imagem e deixar o passado um pouco de lado. “Quisemos tornar esta casa mais nossa. Nós vivemos aqui e queríamos recarregar as baterias e ter um espaço melhor”.
A mudança foi feita também a pensar nos clientes para que possam sentir-se mais confortáveis e bem acolhidos no espaço tendo a preocupação de que fosse tão bom quanto a comida que servem. Assim, garantem que não há margem para deceção.

Futuro
“Gostava que um dos meus filhos gostasse tanto disto quanto eu para pegar neste negócio quando eu já não conseguir”, remata.

You may also like...